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Tendências tecnológicas para 2015 na América Latina

por Agência Canal Veiculação

Cinco tendências tecnológicas na América Latina para ficar de olho em 2015

 

De demandas voltadas as necessidade das empresas à interação software/hardware, grandes mudanças estão chegando ao mercado de telecomunicações na América Latina e Caribe (CALA). Como o interesse por serviços de telecominucações in CALA continua a crescer e os grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, que demonstram a importância da infraestrutura de rede, Hector Silva, CTO da Ciena na América Latina e Caribe, destaca cinco tendências que provavelmente surgirão nesse ano:

1 – Vídeo 4K, LTE e 5G farão da rede metropolitana um novo campo de batalha
Dados móveis, vídeos de alta definição e streaming de vídeo 4K adicionarão mais pressão à rede metropolitana. Essas aplicações exigem um enorme aumento de capacidade por usuário, fazendo da rede metropolitana um novo campo de batalha para ganhar vantagem (ou desvantagem) competitiva, com maiores implicações para a experiência do usuário e os modelos de negócios. As redes precisam ser mais eficientes em termos de crescimento da capacidade e redução do custo por bit. Elas também precisam ser flexíveis para continuar evoluindo e dar suporte a novos serviços e às demandas dos usuários.
A transição do 4G para o 5G é um assunto que deve ganhar importância na região. O ambiente 4G ainda está começando na América Latina, mas percebe-se claramente que a infraestrutura da rede deve continuar evoluindo. O Brasil, por exemplo, está pesquisando e desenvolvendo um 5G que combinará múltiplas frequências para atingir velocidades de até 200 Mbps. A percepção geral é de que estamos no caminho certo para dar suporte ao crescente uso de aplicações que exigem muita largura de banda, mas evoluir nossas redes exigirá mais recursos e a capacidade de ampliar a conectividade; será uma questão de como implementar, e não porque implementar.

2 – SDN/NFV vão se popularizar
Em 2013, a maioria das pessoas estava falando sobre SDN e NFV de forma teórica, ao passo que, em 2014, mais empresas demonstraram soluções e softwares que colocam SDN/NFV em um contexto mais amplo. As empresas estão levando suas opções de SDN mais a sério, com os provedores latino-americanos se alinhando mais com a América do Norte e a Europa para definir e implementar as exigências. Embora ainda haja um certo debate quanto aos benefícios de curto prazo da SDN, muitas empresas têm tido uma agradável surpresa ao perceber que não precisam esperar dois ou três anos para ver o progresso. As aplicações SDN, como o conjunto de softwares Agility da Ciena, já são uma realidade, deixando claro que as operadoras podem e devem começar sua transição para SDN agora. Em 2015, esperamos ver mais implantações de SDN em redes de telecomunicações em todo o mundo.
E 2015 promete colocar as discussões sobre NFV em foco assim como a SDN esteve nos últimos 12 meses. Quando se vê o que o software pode fazer por uma rede, é só uma questão de tempo para começar a substituir as funções de hardware por seus equivalentes virtualizados. O recente relatório “Tamanho de Mercado e Previsão de Hardware e Software de SDN e NFV” da Infonetics prevê que os mercados de NFV e SDN chegarão a US$ 11 bilhões em todo o mundo em 2018.

3 – Serviços sob demanda resultarão em maior eficiência para as Empresas.
O tema dos serviços sob demanda está sempre nas conversas sobre monetização da rede, especialmente no contexto do excesso de provisionamento de rede. Hoje, os serviços de conectividade são uma experiência em grande parte estática, o que significa que, depois que os parâmetros e atributos de serviço são definidos, o resultado é sempre o mesmo: alguém precisa de uma conexão, assina um contrato e é conectado. E isso geralmente exige um tempo considerável de implementação, de alguns dias a algumas semanas. Mas a era das redes em nuvem já provou que a conectividade estática não é mais suficiente.
As demandas alocadas sobre nossas redes estão mudando. A expectativa é de que a capacidade da rede se adapte às nossas necessidades de largura de banda e a pontos de acesso que se alteram , e não o contrário. Para 2015, estimamos que $3 bilhões do mercado estático deverão passar para o mercado sob demanda, se mais prestadores de serviços começarem a oferecer este formato. E que até 2018 esse número passará de $9 bilhões. É ótimo ouvir isso, não porque eu queira que as operadoras se sintam ineficientes, mas por causa dos enormes avanços recentes nessa área. Em 2015, esperamos que as operadoras utilizem soluções com análises em tempo real para fornecer ferramentas para otimizar seus recursos instantaneamente e acompanhar o ritmo das crescentes exigências de largura de banda e de serviços, ao mesmo tempo permitindo estratégias mais avançadas de monetização.

4 – Novos esforços surgirão para possibilitar uma “Universidade Sem Muros”
Embora haja uma série de tecnologias únicas com impactos locais em mercados segmentados, um que se destaca por ter uma oportunidade extraordinária (e empolgante) ligada a ele é o ramo da educação.
Muitas pessoas veem o ensino à distância, ou uma “universidade sem muros”, como a solução para o desafio da educação na América Latina. Além disso, o advento do movimento do Curso On-line Aberto em Massa (MOOC) cria ramificações interessantes para o ensino superior na região, abrindo uma porta para oferecer mais acesso à educação de qualidade por meio da aprendizagem on-line. Em 2015, isso será algo para se acompanhar de perto na região. Para ser bem-sucedido nisso, é importante ter a infraestrutura certa funcionando para dar acesso banda larga a novas oportunidades de educação para as comunidades na região da América Latina e Caribe.

5- A transformação das redes ajudará a abrir novas formas de geração de receita
Empresas e fornecedores estão vendo claramente a necessidade de transformar suas infraestruturas para oferecer suporte a uma gama de serviços mais ampla, para responder melhor à natureza cada vez mais móvel do trabalho e do comportamento das redes; e para permitir que os provedores aproveitem melhor seus ativos de rede. Veja, por exemplo, a necessidade de acompanhar a crescente utilização de dados móveis. Um estudo recente divulgado pela GSMA mostrou que a América Latina foi uma das regiões que mais cresceram no mundo em termos de conexões via smartphones entre 2010 e 2013, com a base instalada de smartphones crescendo 77% ao ano (CAGR – taxa de crescimento anual composta) durante esse período. Os smartphones foram responsáveis por quase 30% das conexões móveis na região no final de setembro de 2014 (200 milhões) e as previsões são que eles representarão 70% do total (605 milhões) até 2020. O relatório da GSMA também indicou que a América Latina terá a segunda maior base instalada de smartphones do mundo, atrás apenas da região Ásia-Pacífico.

Para triunfar nesse mercado de conectividade altamente competitivo e em rápida evolução, as operadoras precisam diferenciar seus portfólios e aumentar as oportunidades de geração de receita. Uma abordagem consultiva é necessária para avaliar as necessidades de cada operadora para determinar os serviços e soluções necessários para transformar suas redes. As operadoras querem saber quais são os benefícios de implementar esses e outros tipos de soluções e fazer suas redes evoluírem, incluindo nuvem, conectividade e tudo mais. Como só se pensa em flexibilidade de rede, tudo indica que em 2015 as redes precisarão se transformar para chegar ao próximo estágio.

Essas são apenas algumas das tendências que esperamos ver em 2015 à medida que as redes na América Latina se tornarem mais ágeis e flexíveis, permitindo que as operadoras atendam às crescentes necessidades dos usuários por aplicações e recursos de rede sob demanda.

Sobre a Ciena

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