Informações sobre o comportamento das pessoas em relação à saúde podem ser gerenciadas por plataformas de TI, ajudando médicos e organizações nas intervenções
A quantidade de informações acumuladas virtualmente na internet é impressionante. Cada rastro digital deixado ao utilizar ferramentas de busca, redes sociais e até mesmo GPSs pode ficar armazenado e ser cruzado para definir de maneira bastante precisa o perfil de cada usuário.
O uso destes dados têm se destacado como uma poderosa ferramenta para intervenções em saúde, contribuindo para maior qualidade de vida da população e melhor gestão dos sistemas de atendimento. O Big Data, conjunto de soluções tecnológicas que analisam estes grandes volumes de ‘datas’, na área da saúde, pode fazer a diferença não apenas para os negócios, mas também para a qualidade de tratamentos e resultados clínicos.
As plataformas analíticas facilitam o trabalho do profissional e conseguem fazer comparações precisas, mesmo quando envolvem uma quantidade elevada de variantes. A partir disso, a identificação dos perfis dos pacientes, a prescrição de relatórios clínicos, o acompanhamento em dados do desempenho de tratamentos, dentre outras propostas de recursos, conseguem agilizar e aperfeiçoar processos das operadoras de saúde, hospitais e redes de atendimento em geral.
“A escala das soluções é muito abrangente. Milhões de pessoas podem ser beneficiadas com um mesmo software”, explica o médico Leonardo Florêncio, CEO da ePrimeCare, que desenvolve soluções de cuidado em saúde através de recursos de Big Data. “Conseguimos até mesmo prevenir epidemias com sistemas de infovigilância nas redes sociais”, afirma. Atualmente, a empresa trabalha com plataformas de nível populacional, individual e integrado. Os custos com a tecnologia são minimizados pelos benefícios gerados, tais como a maior qualidade de vida dos usuários, através de estímulos a consultas e adoção de comportamentos saudáveis, e os menores custos para os sistemas de saúde.
Apesar dos benefícios que apresenta e do espaço que vem ganhando em encontros como o 1st Symposiumon Big Data and Public Health, que ocorreu neste mês de outubro, no Rio de Janeiro, a tecnologia do Big Data aplicada à saúde ainda não possui grande adesão. “Tem-se sido discutido o assunto conceitualmente. Existem iniciativas isoladas, mas o paradigma atual é de não participação do Big Data para o contexto de soluções em saúde”, lamenta Florêncio. De acordo com o médico, a tecnologia não substitui os profissionais, mas ajuda muito no gerenciamento das ações. “Ela proporciona um benefício de apoio e gera mais conhecimento para auxiliar médicos e organizações nas tomadas de decisão”, explica.
Big Data aplicado em soluções de TI
Com a exploração de cadeias de dados coletados em saúde, a ePrimeCare oferece diferentes soluções que utilizam recursos de Big Data. A empresa possui o sistema Epidemis, que analisa componentes psicossociais e comportamentais para indicar os principais riscos epidemiológicos para a população, conseguindo endereçar de forma eficiente os recursos destinados à prevenção; Scan, que atua na organização individualizada dos riscos de saúde, a partir da comparação de algoritmos fornecidos pelo paciente, traçando seu perfil individual e concluindo com precisão em que programas de saúde deve entrar; e Platis, plataforma integrada da empresa, que foca no usuário e também analisa a saúde populacional, atuando para atender as necessidades de gerenciamento dos programas de atenção a saúde e qualidade de vida. Todas as soluções funcionam como alertas clínicos para definições ou antecipação de ações, e levam à definição de estratégias que diminuem os custos não previstos a longo prazo
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Sobre a ePrimeCare
A ePrimeCare é uma empresa que provê às organizações de saúde serviços de gestão do cuidado através do acesso ao conhecimento, geração de informação, utilização de tecnologias de comunicação e informações adequadas, melhorando a condição de saúde dos usuários. Atuando no mercado desde 2005, a empresa de inovação e inteligência tecnológica em saúde conta com parcerias como Fapemig, Finep, BDMG, Fundo HorizonTi, da gestora Confrapar, e Sebrae-MG, que contribuem com recursos financeiros, projetos de investimento, capacitação em gestão, negócios, tecnologias e capital humano.