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Principais golpes virtuais para estar atento em 2024

por Paulo Fernandes Maciel

Conheçam alguns dos Principais golpes virtuais para estar atento em 2024

Um estudo realizado por um grupo de empresas apontou que o Brasil é o segundo país com mais crimes digitais na América Latina, ficando atrás apenas do México em golpes virtuais. De janeiro a setembro de 2023, por exemplo, mais de 80 mil brasileiros foram vítimas de golpes online, de acordo com o levantamento. As estatísticas preocupam e acendem um alerta para o novo ano que se inicia.

Clonagem do WhatsApp e de cartões são alguns exemplos de práticas comuns nos golpes virtuais; saiba como identificar os golpes e se proteger

Por isso, a Netfive, empresa de TI especializada em segurança da informação, selecionou quatro principais golpes virtuais para estar atento em 2024. A empresa também elencou algumas dicas sobre como se proteger dessas fraudes e não se tornar uma vítima delas. Confira:

Clonagem do WhatsApp

Este golpe tem como objetivo obter os contatos da vítima, permitindo a extorsão ao se passar pelo verdadeiro dono do número. O processo começa com o criminoso adquirindo o número de telefone da vítima. Posteriormente, o fraudador tenta ativar o WhatsApp em seu próprio dispositivo.

Para efetivar esse procedimento, o golpista entra em contato com o usuário, fingindo ser um representante de uma plataforma de publicidade ou de empresas conhecidas. Eles usam o pretexto de precisar ativar um anúncio ou confirmar detalhes do cadastro.

O golpista então solicita um código de 6 dígitos, enviado por SMS à vítima. Este código concede acesso ao WhatsApp do usuário. Com o controle da conta, o criminoso se passa pela vítima, pedindo dinheiro aos contatos que, acreditando estar ajudando o amigo ou parente, acabam transferindo quantias para a conta bancária do criminoso, tornando-se vítimas também.

Sites falsos

Os criminosos criam sites falsos para a venda de mercadorias, principalmente eletrônicos e eletrodomésticos, usando endereços semelhantes aos de empresas famosas. Eles alteram apenas o final do endereço eletrônico ou trocam algumas letras, para reduzir a suspeita.

A aparência do site é idêntica ou muito semelhante a sites conhecidos, aumentando as chances de enganar a vítima. Esse tipo de golpe costuma aumentar durante períodos festivos e promocionais, como a Black Friday, por exemplo. Ao efetuar a compra, a vítima pensa estar adquirindo um produto ou serviço de uma empresa séria, quando, na verdade, trata-se de uma fraude em que o valor é transferido para criminosos.

Cartões de crédito clonados

O golpista entra em contato com a vítima, se apresentando como funcionário de um banco ou administradora de cartão de crédito, induzindo a vítima a fornecer informações pessoais. Ele costuma informar à vítima sobre uma transação suspeita e solicita a confirmação. Quando a vítima nega as transações e pede o cancelamento, o “funcionário” sugere uma possível clonagem, levando a vítima a ligar para o serviço de atendimento ao cliente da empresa.

golpes virtuais

O golpista, no entanto, permanece na linha e não encerra a ligação. Em vez disso, uma mensagem gravada, aparentando ser do banco, é reproduzida. Acreditando estar falando com um representante legítimo, a vítima fornece informações pessoais e do cartão de crédito, incluindo senha e o código verificador (os três dígitos de segurança no verso). Com essas informações, os criminosos usam o cartão da vítima para fazer compras não autorizadas.

Sequestro falso

Nesse tipo de crime, o golpista, normalmente já preso, liga aleatoriamente para alguém, alegando ter sequestrado um parente, assustando e exigindo um resgate. Usando uma voz simulada de choro e medo, o criminoso chama a mãe ou o pai, dizendo que o sequestro ocorreu. Assustada, a pessoa que atende ao telefonema costuma mencionar o nome de um filho, sobrinho ou alguém próximo, mesmo sem perceber. Quando isso acontece, a própria vítima começa a fornecer informações que ajudam o criminoso a completar o golpe.

Com esses dados, o golpista faz a pessoa acreditar cada vez mais que se trata de um sequestro verdadeiro. A partir daí, mantém a vítima na linha e pede transferências bancárias para a conta de algum laranja.

Como se proteger

“À medida que a tecnologia avança, os métodos empregados pelos cibercriminosos também evoluem, tornando a educação e a conscientização essenciais no combate dos golpes online”, afirma Henrique Schneider, CEO da Netfive.

Para o especialista, manter-se informado, ter cautela e não agir de forma impulsiva, são algumas das principais formas para evitar se tornar uma vítima dos golpistas, mas há ainda outras orientações, a saber:


• Habilite a verificação em duas etapas no WhatsApp, localizada no menu “Conta” e em “Confirmação em duas Etapas.”
• Evite compartilhar códigos recebidos por SMS. Caso tenha fornecido o código aos golpistas, envie um e-mail à plataforma solicitando a desativação temporária da conta.
• Desconfie de mensagens de contatos pedindo o envio de dinheiro e verifique a veracidade diretamente com a pessoal que pediu, por ligação ou pessoalmente.
• Examinar cuidadosamente o endereço eletrônico ao realizar compras online.
• Efetue pagamentos apenas após confirmar diretamente com a pessoa, mesmo que seja um perfil conhecido, por exemplo.
• Observe selos e certificados de segurança no site e pesquise a reputação da empresa nas redes sociais.
• Desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado e de sites que só aceitam pagamento por boleto ou transferência.
• Instituições financeiras não recolhem cartões dos clientes. Corte sempre o chip ao descartar o cartão.
• Bancos também não solicitam informações sensíveis por telefone; não forneça dados.
• Em caso de suspeita sobre clonagem e compras não autorizadas, procure diretamente a agência bancária ou entre em contato com o gerente de conta.
• Mantenha a calma e não mencione os nomes reais para não fornecer informações úteis aos criminosos.
• Não divulgar informações pessoais ou familiares, como endereço, ganhos financeiros ou detalhes bancários.
• Peça a alguém próximo para verificar o estado da suposta vítima.
• Desligue o telefone assim que confirmado que o familiar está seguro, pois os criminosos provavelmente não ligarão novamente.

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