Crise no mercado financeiro internacional acende alerta sobre Inverno das startups
Uma coisa é certa, a falência do Silicon Valley Bank (SVB) acendeu um alerta sobre o chamado “inverno das startups”. Depois de um período de otimismo, marcado por um boom na captação de investimentos, o cenário mudou e em meados de 2022 essas empresas começaram a encontrar dificuldades para captar mais recursos para suas operações. Muitas tiveram que demitir colaboradores e tirar o pé do acelerador para sobreviver.
Na contramão da tendência, Sombrero Seguros utiliza experiência de mercado e vocação tech para apresentar bons resultados aos investidores
Na visão da CFO da Sombrero Seguros, Raquel Tedesco, essa retração foi motivada por uma mudança no cenário macroeconômico após a pandemia da Covid-19 e agravada por outras situações como a guerra entre Rússia e Ucrânia. “Em um ambiente global de altas taxas de juros e de maior risco, é natural que os investidores direcionem seus recursos para investimentos de menor risco.
Com isso, diminuiu a disponibilidade financeira para investimentos em empresas com estratégia de valor focada em crescimento. O resultado é que as startups, que anteriormente viviam em cenário de alta disponibilidade financeira, com rodadas de captação com valores expressivos e pressão por crescimento rápido, agora com esse inverno das startups precisam priorizar a gestão de caixa e estão focando na redução de despesas, implicando na redução do quadro de colaboradores”, analisa.
Inverno das startups e a crise bancária
Em relação ao SVB, a CFO da Sombrero destaca três aspectos que contribuíram para a ocorrência: a baixa diversificação de funding, a elevada taxa de juros, e a contabilização dos ativos do banco.
“O SVB era conhecido como o banco das startups. Essas empresas, que incrementaram substancialmente sua base de depósitos nos últimos anos, são conhecidas por apresentar um cash burn rate elevado. Diante do aumento nas taxas de juros e, consequentemente, redução do apetite de investidores por ativos desta natureza, as startups começaram a acessar seus recursos depositados no banco”, acrescenta Raquel Tedesco.
Tendo recursos alocados substancialmente em títulos do governo e títulos hipotecários, os ativos do banco tiveram seus preços desvalorizados com o aumento da taxa de juros. “Em sua maioria, os títulos detidos pelo SVB estavam registrados no balanço da instituição como ‘Mantidos até o Vencimento’. Isso significa que todo o efeito da elevação das taxas de juros no valor desses ativos não estava refletido na contabilidade do banco. Na medida em que as startups aumentaram o volume de resgates, o SVB precisou vender esses ativos ao mercado e todo o prejuízo decorrente da desvalorização afetou diretamente a operação do banco”, observa a CFO da Sombrero Seguros.
Com vasta experiência no mercado financeiro, Raquel prevê que o impacto da falência do SVB nas startups já está endereçado. “O fato é que não podemos nos ater somente ao impacto financeiro ou apenas às startups. Trata-se do processo de falência da 16ª maior instituição financeira dos EUA, com 40 anos de existência, e que se configurou na 2ª maior falência de um banco norte-americano. Temos que pensar em qual é o impacto que este acontecimento pode ter na confiabilidade do sistema financeiro como um todo. Estão os indicadores e limites regulatórios adequados à realidade dos negócios globais? Houve um nítido descasamento entre a regra de contabilização dos ativos e a dinâmica de negócios dos clientes do SVB. Estão os reguladores acompanhando essas dinâmicas? Até que ponto outras instituições financeiras nacionais e internacionais estão neste momento com seus balanços descasados?”.
Gestão contra a crise no mercado global
Na contramão dessa tendência, a Sombrero Seguros obteve um desempenho formidável em 2022 fechando o seu primeiro ano de operação na quinta posição do mercado em vendas e com a menor sinistralidade do segmento agrícola.
Apesar de nova, a empresa conta com muitos anos de experiência de seus fundadores e gestores no mercado de seguros e adeptos das novas tecnologias. Essa combinação proporciona aos seus clientes produtos com maior agilidade e qualidade.
“Nossa estratégia foi entrar no mercado operando com um produto conhecido e rentável, possibilitando que o seu resultado alavancasse a inovação e a entrada em novos segmentos. Neste primeiro ano, atingimos um lucro da ordem de R$ 11 milhões, representando um ROE de 50,9% para nossos investidores. Este resultado nos dá a segurança de que estamos no caminho certo e demonstra a potenciais investidores que temos sólidos fundamentos e somos capazes de trazer rentabilidade para seus investimentos”, avalia a CFO Raquel Tedesco.
Aquilo que muitas startups estão buscando nesse momento, um olhar mais rigoroso para as próprias contas, é um dos diferenciais que está no DNA da Sombrero Seguros. “Nossa margem de contribuição ficou em 13%, mas nosso resultado não teria sido o mesmo se não tivéssemos sido eficientes e cautelosos na gestão de custos. Nossas despesas administrativas em 2022 representaram apenas de 5,6% do prêmio emitido total. E para consolidar nosso resultado, tivemos uma receita financeira que superou a meta de rentabilidade, atingindo R$ 8,7 milhões”, conclui a CFO da Sombrero Seguros.
Sobre a Sombrero Seguros
A Sombrero é uma seguradora que entrou em funcionamento em janeiro de 2022. A organização atua nas áreas de seguro rural e seguro garantia, seguros patrimoniais e de responsabilidade civil. Tem em seu DNA os valores de excelência e agilidade, com a utilização de inteligência de mercado e tecnologia para gerar inovação e oferecer confiança e segurança aos seus clientes e parceiros de negócios. Um dos seus principais diferenciais é o fato de ser uma empresa digital, mas com embasamento diferenciado, já que conta com o acúmulo de anos de experiência dos seus fundadores (para conferir quem são os integrantes da equipe, clique aqui)