O reflexo da pandemia e novos hábitos aceleraram o crescimento mundial das vendas online, e mesmo após a retomada das operações presenciais, tudo indica que o crescimento se manterá. Segundo o estudo realizado pela eMarketer, empresa de pesquisa de mercado, em 2020 apenas 17,8% das vendas eram feitas a partir de compras online. Em 2022, a expectativa é de que esse número atinja os 21% e totalize US$ 5,5 trilhões no mundo todo.
Embora o crescimento das vendas online seja uma constante, foi revelado pela pesquisa “CX Trend 2022”, que ouviu 2.109 pessoas, que 42% dos consumidores que compraram algum produto pela internet, optaram por retirá-lo na loja física, ou seja, escolheram um modelo de compra híbrido, que mistura o online e offline.
Analisando o novo cenário, duas startups cariocas se uniram para criar uma solução que usa inteligência artificial para coletar e monitorar dados de tráfego nas lojas físicas e canais digitais. “Percebemos que existia uma lacuna que precisava ser preenchida em termos de análise, pois os indicadores de resultado que as plataformas de anúncios exibem não nos indicavam o volume de pessoas que visitaram a loja física impactadas pelas campanhas de marketing realizadas no ambiente digital”, explica Priscila Calegaro, especialista em experiência digitais e CEO da No!box Marketing Lab.
“Para conseguirmos os dados de movimentação na loja física, desenvolvemos um sensor que usa inteligência artificial para coletar e cruzar dados de canais físicos com os indicadores de resultado que as plataformas de anúncio entregam”, informa Cláudio Júnior, CEO da River data. A proprietária da Maria Júlia estonados, onde o sensor foi implantado, já tinha operação presencial há mais 15 anos, mas aderiu recentemente às vendas online.
A lojista afirma que foi motivada por suas clientes a ter um e-commerce e que experiência está sendo um desafio transformador, pois agora possui duas operações, “mas os clientes têm que sentir que tanto na loja física quanto na loja online a minha marca oferece a mesma experiência”, diz Maria Júlia. “Num processo de transformação digital, a tecnologia é meio e não o fim. O cliente tem que estar sempre no centro de todas as decisões de negócio da marca”, comenta a especialista Priscila Calegaro.
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