Uma pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) revelou que o Brasil já tem mais de 14 milhões de MEIs (Microempreendedores Individuais). Em média, 6 milhões de pessoas físicas se tornaram pessoas jurídicas desde o ano de 2020, sendo que 646 mil se tornaram MEIs apenas em 2022, conforme publicado pelo G1.
O balanço do Sebrae traçou o perfil dos empreendedores que se formalizaram como MEIs este ano: 67% trabalhavam com e sem registro em carteira, 15% empreendiam sem CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), 5% eram donas (os) de casa, 4% eram estudantes, 3% eram servidores públicos e somente 2% estavam desempregados.
Na visão de Laura Mattos, co-fundadora e COO da Cloudfox – empresa que atua com infraestrutura de pagamentos para e-commerces e negócios digitais -, por suas principais características, o dropshipping, modelo de e-commerce que dispensa estoque próprio e possibilita que a logística e envio fiquem por conta do fornecedor, está entre as opções mais viáveis para empreendedores iniciantes e até mesmo grandes marcas presentes em diversos anúncios.
“É preciso observar a atual estrutura do negócio, seja o que está começando ou aquele que está na fase de escala e ampliação da loja de dropshipping. Dentro dessa observação, o ponto que deve ser prioridade é decidir se a logística será de dropshipping nacional ou internacional”, informa Mattos.
“Na modalidade internacional, o empreendedor terá o forte apelo econômico dos produtos mais baratos adquiridos em fornecedores estrangeiros, sobretudo da China, tendo como o frete um pouco mais demorado como contrapeso na tomada de decisão. Por outro lado, com fornecedores nacionais, o tempo de entrega da mercadoria cai drasticamente ao mesmo tempo que encarece os custos da operação”, complementa.
Ainda explicando as duas modalidades de dropshipping, a especialista acrescenta que “não existe certo ou errado na tomada de decisão, da mesma forma que não dá para dizer qual é a melhor, e principalmente, uma estratégia não anula a outra que poderá ser ajustada dentro do processo de crescimento natural do negócio. Se for para construção de branding, o dropshipping nacional seria melhor, porém se o suporte ao cliente for bom e tiver todo o cuidado, é possível fazer um branding mesmo com o dropshipping internacional”, detalha Mattos.
Dropshipping no futuro pós-pandêmico
A COO da Cloudfox afirma que o dropshipping vem crescendo bastante como modelo de negócio, ainda mais para empreendedores iniciantes que não possuem capital para comprar estoque e armazenar, podendo correr o risco de deixar o seu estoque “encalhado”, sem vendas.
Inclusive, prossegue, muitas empresas grandes já aderiram ao dropshipping como modelo de negócio. “Como exemplo, as lojas Americanas possuem flags nas compras mostrando o envio da China, entre outros marketplaces que utilizam o método. Creio que esse modelo de negócio auxilia o empreendedor e dá mais oportunidades de testar suas vendas, sem um comprometimento tão grande no bolso”, conclui.
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