De acordo com o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots 2020, uma pesquisa com desenvolvedores que atuam na área digital no Brasil informa que o processo de transformação digital de empresas de todos os portes e setores foi acelerado pela pandemia, pois deram espaço aos chatbots que trouxeram rapidez e eficiência a diversos seguimentos.
Ainda em consulta ao Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots 2020, a partir de questionamento feito a 97 desenvolvedores que produzem bots, 7 em cada 10 desenvolvedores, equivalente a 76%, relataram aumento na procura por bots neste ano, durante a pandemia, principalmente em setores como financeiro, com 25%, varejo com 22% e telecomunicações com 14%.
“Segundo pesquisas da A3 Robotics, associação que fomenta o avanço da automação robótica, no ano de 2027, os robôs colaborativos representarão 29% do mercado global de robôs industriais. Isso será possível graças aos diversos níveis de colaboração entre eles e humanos que permitem automatizar tarefas antes não alcançadas pelos robôs convencionais”, comenta Denis Pineda, gerente regional da Universal Robots.
Em 22 de março de 2020 o Governo do Estado de São Paulo publicou o decreto nº64.881 sobre a quarentena da Covid-19, que foi formulado com apoio do Comitê Administrativo Extraordinário. “A paralisação da atividade econômica durante parte do ano, como forma de conter a propagação do vírus, provocou a terceira maior queda já registrada pela economia brasileira em 120 anos – período para o qual existem estatísticas confiáveis”, diz repórter Thaís Carrança da BBC News Brasil.
Empresas como a Social Cliques, passaram a voltar os seus negócios para a venda de Robôs Sociais, conhecidos também como Social Call. “A busca por Robôs sociais aumentou com a chegada da pandemia da Covid-19, pois são capazes de auxiliar e muito na alavancagem do capital das empresas mais afetadas”, disse Thiago Eddine, CEO da Social Cliques em entrevista realizada em novembro de 2021.
Especialistas do mundo todo apontam um aceleramento da automatização das empresas em função da crise gerada pela Covid-19. O economista Ricardo Balistiero alertou para o seguinte: “Os robôs devem ficar com a parte mais braçal. Isso já tem ocorrido há muito tempo. Haja vista o que tem acontecido no setor bancário brasileiro nos últimos 30 anos. Agora, se essa é uma realidade que veio para ficar […] há necessidade de políticas públicas que possibilitem conviver com essa realidade e requalificar essa mão de obra. Caso contrário, teremos uma legião de pessoas ‘inempregáveis’ e isso vai gerar um problema social bastante grave”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontou em 2020 um impacto equivalente a 54% no comércio varejista, que teve o maior contingente de empresas com a percepção de impacto negativo sobre as vendas. Consequentemente, houve a recessão dos funcionários que precisaram passar boa parte do ano enclausurados em casa, e isso resultou em mão de obra paralisada nas indústrias de todo o país. Principalmente para aquelas empresas que se viram impossibilitadas de oferecer suporte para trabalhos em casa.
Segundo o estudo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, cerca de 8,2 milhões de pessoas trabalharam remotamente.
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