A Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, em parceria com a consultoria Nielsen, divulgaram uma pesquisa que mostrou o crescimento significativo na venda de livros digitais em 2020.
Nesse período, foram adquiridos 83% mais e-books do que em 2019, aumentando de 4,6 milhões para 8,4 milhões de unidades vendidas. Na pesquisa, foi apontado que os livros de ficção tiveram um crescimento ainda maior, sendo 134% de um ano para o outro.
Com a pandemia e o fechamento do comércio, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros realizou um movimento para atrair consumidores e compensar as vendas paradas, mas de acordo com os dados divulgados, o aumento se deu por conta do interesse dos brasileiros por e-books, logo, as editoras passaram a investir mais nesse formato digital, lançando cerca de 16% a mais que no ano anterior.
Joel Dantas, autor do livro “Zórgan Voldar”, acredita que o acesso aos meios digitais pode ser positivo. “O crescimento na venda de livros digitais é positivo e tem suas vantagens. Com o fechamento das livrarias e aumento na inflação, os e-books se tornaram um refúgio para quem tem o hábito de ler, são mais baratos e de fácil acesso. Além disso, o formato digital pôde amenizar os resultados negativos que as editoras tiveram com a venda dos físicos”, comenta.
Retratos da leitura no Brasil
Dados divulgados pela Agência Brasil e publicados em novembro de 2020, mostraram que o brasileiro lê, em média, cinco livros (digitais ou físicos) por ano. Um dos fatores que influenciam a leitura, segundo o estudo, é o incentivo de outras pessoas. Cerca de 34% dos entrevistados disseram que alguém os estimulou a gostar de ler.
Na pesquisa, os professores aparecem em primeiro lugar no índice de influenciadores, com 11%. Em segundo, mãe ou responsável do gênero feminino, cerca de 8% e em seguida, o pai, responsável do gênero masculino apontado por 4%.
O autor comenta que ter mediadores que auxiliam no processo da leitura é muito importante. “A influência por parte dos amigos e família estimula o hábito pela leitura, principalmente quando ainda é criança. Os que já gostavam de ler, passam a ler mais e os que não gostavam podem ter adquirido este gosto”.
Ainda de acordo com publicação da Agência Brasil, é fundamental investir na leitura. O professor, por exemplo, assume um papel importante nessa mediação. Quando esse mediador é assumido por familiares, o resultado pode ser melhor ainda, porém, as crianças que estão em situação de vulnerabilidade acabam não tendo esse mediador dentro de casa.
Joel diz que mesmo com os novos hábitos digitais e com a atual forma de vender livros, a escola pode se tornar grande aliada e influenciadora para os jovens – tanto de classe alta quanto os que vêm de famílias mais vulneráveis, fazendo da leitura uma forma de aprendizado e socialização.
Impacto da leitura no desenvolvimento
Joel acredita que o hábito da leitura deve ser estimulado ainda na infância, pois pode auxiliar a desenvolver a criatividade e a imaginação. “Sabemos que algumas pessoas dizem que não conseguem parar para ler um livro, porém, é uma questão de hábito. Quando colocamos a leitura no dia a dia das crianças, por exemplo, elas passam a desenvolver melhor a interpretação, raciocínio e ampliam o seu vocabulário”, afirma.
Recentemente, em uma matéria publicada pelo Brasil Escola, a leitura foi classificada como uma atividade de grande importância para a aprendizagem. Manter contato com os livros pode ajudar no aprendizado, socialização, aprimorar a escrita e auxiliar na organização da linha de pensamento. Joel conclui que, além dos livros didáticos, usados nos estudos, é importante também buscar outros conteúdos, como a ficção.
Para mais informações, basta acessar: https://www.facebook.com/joel.dantas.560/
Website: Https://www.facebook.com/JoelDantas40