De acordo com o periódico científico “Nature Climate Change”, as emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2) obtiveram redução de 7% ao longo de 2020 devido às medidas de segurança adotadas durante a pandemia da Covid-19. Porém, de acordo com o estudo, caso não haja um investimento em sustentabilidade, tais emissões podem se recuperar, acarretando consequências graves.
Esse investimento em sustentabilidade apontado no estudo está cada vez mais presente no cotidiano de diversas organizações. Aquelas que não se encaixam estão sendo convocadas – pela opinião pública ou por outras organizações, governamentais ou não – a pensar em processos mais sustentáveis. Esses processos sustentáveis envolvem, por exemplo, a geração de energia mais limpa e maiores reduções.
Bolsa de valores brasileira induz práticas sustentáveis
Seguindo essa linha de investimento e alerta para a sustentabilidade, a B3, bolsa de valores brasileira, anunciou, em dezembro de 2020, as companhias integrantes da 16ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3).
A carteira está valendo durante este ano e tem como objetivo auxiliar investidores a tomarem decisões de investimento e induzir empresas para que sejam adotadas práticas mais eficientes de sustentabilidade. Na lista, podem ser encontrados nomes de diversos setores, como o Itaú Unibanco e as Lojas Americanas.
Todos esses dados apresentados estão diretamente relacionados ao Environmental, Social and Governance, conhecido como ESG, que ganha cada vez mais espaço no mercado. O ESG mostra-se cada vez mais possível de ser encaixado em todos os setores do comércio e da economia, até mesmo no e-commerce.
E-commerce apresenta crescimento de 40%
De acordo com o “Relatório E-commerce no Brasil”, da agência Conversion, o e-commerce apresentou em março deste ano, um ano após o início da pandemia da Covid-19, 1,66 bilhão de acessos. Isso representa um crescimento de 40% em comparação ao último ano. A previsão é de que durante 2021 o comércio eletrônico cresça mais.
A empresa Magazine Luiza, por exemplo, realizou investimentos em diversas startups durante o período pandêmico, fez adaptações nas funções das suas lojas físicas e apresentou um crescimento de 148% nas vendas digitais realizadas no terceiro trimestre de 2020, sendo o canal digital responsável por dois terços das suas vendas entre julho e setembro de 2020.
Porém, com a alta dos serviços de e-commerce, a sua eficiência, após a pandemia da Covid-19, passou a ser medida por meio do tempo de chegada dos produtos aos consumidores, que prezam prazos cada vez menores. Todos esses fatores – os prazos mais otimizados, o alto volume de entregas e os pedidos multiplicados pós-2020 – estão diretamente relacionados ao ESG e às práticas de sustentabilidade apontadas pelo estudo e induzidas pela B3.
Portanto, em relação ao e-commerce, a saída não é sua erradicação, uma vez que é um serviço cada vez mais procurado e importante, principalmente em um contexto de pandemia. São necessárias, então, ações de sustentabilidade com pensamento crítico e consciente sobre a logística de entregas, como a roteirização, que impacta direta e positivamente em uma redução de combustível e, consequentemente, na redução da emissão de gases.
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