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Brasil segue vulnerável a ataques cibernéticos

por admin

No segundo semestre de 2019, a União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), órgão dessa área na Organização das Nações Unidas (ONU), mostrou que o Brasil é o segundo país que mais sofre com perdas econômicas por conta de ataques cibernéticos.

Apenas em 12 meses entre 2017 e 2018, o prejuízo das empresas brasileiras ultrapassou US$ 20 bilhões e afetou mais de 70 milhões de pessoas – praticamente um terço da população nacional. Mas o que o faz ser um dos alvos preferidos desses criminosos?

1 – Disseminação da internet no país
O Brasil é um dos países que mais utilizam a rede tanto para lazer quanto em atividades profissionais. A pesquisa TIC Domicílios de 2019 mostra que 70% dos brasileiros têm acesso à web seja por meio dos smartphones ou dos computadores. Além disso, 100% dos órgãos federais e estaduais utilizam a rede, e a presença no ambiente corporativo chega a 98%. Em resumo: um mar de oportunidades para os criminosos agirem.

2 – Investimento em segurança ainda é reduzido
Mesmo com um número cada vez maior de usuários e de serviços em nuvem, o investimento em segurança digital não acompanhou a média global. Aqui, empresas e poder público ainda demandam uma pequena parcela de seus orçamentos para esse fim. O que se torna insuficiente para lidar com possíveis ataques e vulnerabilidades.

3 – Os processos para detecção são antiquados
Além de investir pouco, segundo a pesquisa, as ferramentas e processos também não evoluíram ao longo do tempo. As empresas ainda têm muitos gargalos quando o tema é a segurança digital. Muitas vezes o investimento não considera o processo fim a fim, que vai desde o monitoramento, identificação, tratamento e prevenção de incidentes e ataques cibernéticos. Na maioria das vezes, as empresas só investem em um desses pilares.

4 – Pouco conhecimento e maturidade dos profissionais da área
De modo geral, as empresas brasileiras não conseguem responder bem após sofrerem ataques cibernéticos, diz o estudo. Estudos mostram que o país ainda está vulnerável a modelos antigos e amplamente conhecidos. Isso indica duas situações: a falta de maturidade e atualização dos processos e profissionais.

5 – Falta de apoio de parceiras especializadas
Por fim, a maioria das empresas brasileiras ainda investe em fornecedores que não têm experiência e conhecimento adequado. O ideal é sempre encontrar parceiros e profissionais capacitados para monitorar, identificar, tratar e prevenir incidentes e ataques cibernéticos. Embora essa prática ainda não seja uma realidade da maioria das empresas brasileiras, ela deveria ser, já que a falta de investimento em segurança digital pode refletir em prejuízos financeiros altíssimos e danos à marca irreversíveis, explica Bruno Prado, CEO e presidente da UPX.

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