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Síndrome do Mundo 4.0: o transtorno da era digital

por admin

Um estudo realizado em 2018 pela International Stress Management Association (Isma-BR) apontou que 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com de problemas de saúde mental associados ao trabalho, conhecido como Síndrome de Burnout. Com a transformação digital surgem novos problemas de saúde e uma nova Síndrome. A Síndrome do Mundo 4.0.

Em entrevista concedida ao Portal PME NEWS, Carla Béck, Coach e CEO da empresa Infinita EPH destaca os sintomas desse transtorno nas pessoas e as ações tomadas pelas empresas.

“Os profissionais com essa Síndrome, não conseguem viver no presente, estão sempre devendo algo. Numa busca incessante por algo que sempre lhes escapa das mãos. Ao mesmo tempo em que fazem esse esforço, não se identificam como suficientes. O famoso eterno insatisfeito. E essa insatisfação tem a ver consigo mesmo”.

A coach sinaliza as ações que vêm sendo aplicadas nas empresas.

“No mundo organizacional, a primeira medida é tratarmos esse tema de maneira humanizada, acolhendo o profissional que está em meio ao sofrimento. Práticas que possibilitem a conscientização e a educação sobre o tema são muito úteis. Lembre-se que quando o tratamento é necessário, já está instalado um sofrimento mental, é importante buscar profissionais qualificados na condução de processos terapêuticos. O coaching é uma ferramenta bem utilizada nas organizações. Entretanto, estamos falando de práticas que envolvem o adoecimento mental, então se faz necessária a presença de profissionais capacitados para a realização do tratamento terapêutico”.

Carla também orienta os usuários de tecnologia quanto à adaptação a Era da Transformação Digital.

“A tecnologia deve ser vista como uma grande aliada para a criação de soluções que facilitem a vida do ser humano. Por isso, não cabe desespero e muito menos o uso desiquilibrado desta ferramenta. As pessoas que tiverem maior controle emocional sobre as transformações e conseguirem ter uma postura positiva diante das mudanças serão altamente beneficiadas nessa nova era. O que não se pode é ser “escravo” da tecnologia ou ter medo de buscar novas ferramentas. É preciso se atualizar, estudar, ser flexível, criativo, ser humano acima de tudo. O robô não tem o poder de “ser humano”. Mais cedo ou mais tarde, todas as tarefas que puderem ser automatizadas serão. Por isso, o ser humano precisa desenvolver habilidades específicas do ser humano. A capacidade de interpretar números, defender ideias, criar conceitos, empatia e relacionamento são algumas das habilidades insubstituíveis”.

E enfatiza:

“Não hesite em buscar ajuda. Lembre-se de que você não é o único que está sujeito a essa síndrome”.

 

Website: https://www.pmenews.com.br/entrevista/carla-beck-7

 

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