Muito se fala a respeito de produtividade e, durante muitos anos, considerava-se que ser produtivo era simplesmente produzir cada vez mais, sem parar para nada. Porém, segundo a revista Fast Company, isso não é verdade. A matéria “Working all the time isn’t the same thing as productivity” (publicada em 15/12/2020) aponta para uma nova forma de ser produtivo com qualidade de vida e saúde mental, sem necessariamente precisar trabalhar incessantemente, sem descanso.
Quem nunca ouviu que “tempo é dinheiro” ou que “dormir tarde e acordar cedo é a chave para o sucesso”? Para muitas pessoas, isso pode até funcionar, mas é provável que provoque danos consideráveis à saúde corporal e mental em longo prazo. É a Síndrome de Burnout, um distúrbio contemporâneo catalogado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018. Se manifesta depois de períodos prolongados e repetidos de estresse no trabalho, criando desânimo e tensões musculares.
Organizar o ambiente de trabalho, ter uma alimentação equilibrada, descansar, aproveitar hobbies e praticar exercícios físicos estão entre as principais práticas que ajudam a aumentar a produtividade sem necessariamente precisar trabalhar sem parar. Fazer intervalos a cada 1 hora (ou 1 hora e meia) de trabalho também é uma prática saudável, segundo o psicólogo sueco K. Anders Ericsson.
Também foi constatado que a procrastinação é um dos maiores inimigos da produtividade. Procrastinar é adiar tarefas sucessivamente e, depois, sentir culpa por tê-las adiado.
Outros dois fatores importantíssimos para tornar o dia de trabalho mais saudável são a organização do tempo e a priorização de tarefas. São práticas que permitem que tanto os colaboradores quanto os seus negócios tornem-se cada vez mais competitivos no mercado contemporâneo, que constantemente preza por qualidade e eficiência.
Tornou-se cada vez mais comum ouvir que um colaborador está “sem tempo” ou “sobrecarregado”, por conta do número de tarefas que estão sob a sua responsabilidade. Porém, nem sempre o caso é de sobrecarga. É necessário um olhar próximo para entender quando é apenas uma questão ligada à organização do tempo e aos prazos das atividades.
Portanto, uma coisa é clara: para que o profissional mantenha seus níveis de produtividade, ele precisa olhar além da quantidade de tarefas realizadas. Produzir muitas coisas não significa ser produtivo. Mais do que o número de entregas, importa a qualidade dessas entregas e o nível de bem-estar do colaborador. E cabe lembrar que pessoas não são máquinas; para que atinjam a alta performance, precisam de descanso e momentos de lazer também.
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