O ambiente das relações produtivas caminha para uma economia criativa onde a tecnologia avança e cria novas profissões.
Vamos falar sobre o futuro das pessoas!
Como formar as pessoas para o futuro?
Como as mudanças no mundo afetam esse processo?
Saiba de uma coisa, as mudanças que acompanhamos nos últimos anos foram apenas a ponta do iceberg.
Ainda não vimos nada, seremos impactados ainda mais pela tecnologia, com uma velocidade jamais vista.
E como nos preparar para tudo isso?
Qual será o papel das escolas nessa transformação?
Nós seremos engolidos pelas máquinas?
A revolução industrial trouxe a necessidade de formação em massa, como em uma linha de produção. O modelo de ensino ainda visto na maioria das escolas, independente de faixa etária, infelizmente segue esse modelo fabril.
Leia também: Microsoft inaugura centro de inovação em Curitiba
Professor na frente da sala de aula como detentor do conhecimento e dezenas de alunos enfileirados em um papel passivo receptivo.
Um formato com baixíssima atividade neural.
E aí se inicia o processo produtivo, entram alunos e saem o quê?
Não estou falando de formar robôs.
Estou falando de formar seres humanos, cada qual com seus objetivos, necessidades e habilidades diferentes.
Hoje, boa parte dos pais matriculam seus filhos na educação infantil já preocupados com o vestibular. Ou seja, colocam crianças no processo fabril de longos anos para garantir que seja atingido um score. Será que uma criança que hoje tem 3 anos vai passar por um processo seletivo de vestibular daqui mais de uma década?
Não sei exatamente qual será o formato, mas acredito que teremos grandes mudanças.
Na sequência, o aluno cursa uma faculdade de 4 ou 5 anos para se tornar um profissional.
Infelizmente, na maioria das situações, esse aluno é formado tecnicamente em um modelo engessado e que em pouco tempo está desatualizado.
Pior ainda é esse aluno não saber como aplicar a teoria aprendida, pois o mercado de trabalho exige a prática e, mais do que isso, desenvoltura comportamental.
E como mudar esse cenário?
Como olhar para o futuro incerto e formar pessoas que tenham maiores oportunidades de sucesso?
Como preparar os profissionais para a economia criativa?
A resposta parece complexa, mas não é.
Visão para o futuro
Temos que passar por um processo trabalhoso que muitas escolas não sabem como começar.
Ao invés de formar apenas no aspecto técnico e cognitivo, medido com uma nota objetiva, é preciso capacitar para uma vida mutante em questões totalmente subjetivas.
A escola tem que se preocupar em preparar seus alunos com uma visão global, possibilitando experiências transformadoras.
Para falar de formação do futuro é inconcebível que qualquer plano de aula deixe de considerar o desenvolvimento de novas habilidades e competências indispensáveis para o século XXI.
Independente do objetivo profissional, tudo que é proposto em uma sala precisa considerar uma formação mais ampla;
Que envolva colaboração, resolução de problemas, criatividade, comunicação, visão empreendedora, relacionamento interpessoal, pensamento crítico entre muitas outras habilidades indispensáveis para a vida.
Aliás, a vida passa a ser um recurso indispensável para qualquer aula produtiva.
É necessário levar a realidade para dentro da sala de aula.
Os alunos precisam vivenciar e encontrar aplicação prática em tudo que fazem.
Vivemos em um mundo cada vez mais conectado e a pluralidade de conhecimentos se faz necessária. Hoje, todos têm acesso à informação, mas precisam desenvolver melhor sua curiosidade investigativa e construir um ponto de vista mais sólido.
Com isso, temos uma mudança no papel da escola e, também, do professor.
Aposta no professor
A presença pedagógica se faz necessária em um modelo diferente, não como ditador;
Mas sim como orientador e mediador, direcionando cada aluno para o caminho mais adequado. Culturalmente, é um desafio, pois a responsabilidade do aluno aumenta.
Ele passa a ser o grande protagonista do processo de aprendizagem.
Sinceramente, com a economia criativa não sei o que vai acontecer com essa ou com aquela profissão, mas posso dizer;
Com bastante convicção, que quem tiver habilidades comportamentais afloradas terá o mundo nas mãos.
A educação transformadora precisa focar nas pessoas, independente do cenário tecnológico e do seu impacto.
Só assim os alunos serão preparados para se encaixar em uma nova realidade.
Créditos: Ronaldo Cavalheri
*Ronaldo Cavalheri é engenheiro, especialista em educação e CEO do Centro Europeu – primeira escola de Economia Criativa do Brasil
O Centro Europeu, escola de idiomas e profissões localizado em Curitiba, será sede de um Microsoft Innovation Center CWB.
A instalação do centro de inovação visa desafiar o ecossistema local e desenvolver competências para criação de novas soluções de impacto na sociedade.
O projeto conta também com parceria da Signum Game Studio.
A instituição curitibana destaca também o fortalecimento de seu programa UniStart (Universo das Startups);
Que ajuda a validar e acelerar projetos disruptivos de base tecnológica, que são desenvolvidos por participantes de todo o país.
Para conhecer mais sore o Centro Europeu acesse: http://centroeuropeu.com.br/portal/