Apenas 29% das empresas brasileiras conhecem a IIoT, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII).
Das 84 indústrias manufatureiras entrevistadas, 65% ainda não tem projeto de tecnologia implementado e apenas 29% conhecem a IIoT.
Ainda que estejamos atravessando o que nomeamos de a Quarta Revolução Industrial, ou seja;
A Revolução Tecnológica impulsionada pela Internet Industrial, muitas empresas brasileiras ainda caminham a passos lentos na implementação dessas tecnologias disruptivas.
Foi o que levantou a pesquisa da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII);
Realizada com 84 indústrias manufatureiras no período de março a julho deste ano.
Das empresas entrevistadas, 92% possuem mais de 100 funcionários.
A pesquisa realizada pela ABII mostra que 45% não têm intenção de implementar algum projeto de IIoT.
Sendo que 65% não possuem nenhum programa em andamento e apenas 29% conhecem a tecnologia e como ela pode aumentar a competividade da indústria.
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O estudo apurou que 35% das empresas ainda desenvolvem projetos internos de apresentação da IIoT ou automatização de máquinas.
Quando questionados sobre os desafios para a implementação de projetos de IIoT, os entrevistados ;
Sendo 63% em posição de gerência e diretoria – destacaram a dificuldade de comprovação de ROI (Retorno sobre o Investimento);
E a cultura conservadora como os principais entraves.
Estes dois obstáculos juntos representam mais de 41% das respostas obtidas.
A área de atuação dos entrevistados é em TI e Produção, representando 69% do total dos participantes.
Porém, quando perguntados sobre a intenção de implementar uma arquitetura de IIoT em sua operação;
48% disseram que não possuem nenhum projeto para o momento atual;
Mas o desejo de implementar a tecnologia ainda neste ano é de 19% dos entrevistados e sobe para 23% para 2018.
É possível observar ainda que, embora seja necessário trabalhar mais na difusão do conceito de internet industrial para que se concretize nas empresas, 51% das organizações estão interessadas no assunto e possuem planos para desenvolver projetos de IIoT.
Mesmo em um cenário econômico que limita a expansão de faturamento, muitas empresas estão buscando melhorar sua eficiência produtiva para aumentar a rentabilidade do volume de faturamento linear ou em queda.
Dentre estas, a redução de custo é o principal motivador para implementar um projeto de IIoT para 37% dos entrevistados;
Seguido do aumento da vantagem competitiva (29%) e aumento de faturamento e de qualidade (25%).
No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas (IIoT) movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e as verticais de manufatura foram as mais relevantes, de acordo com estudo da Frost & Sullivan.
No entanto, poucos fabricantes estão prontos para essa transformação, e o ritmo em que eles progridem em direção à produção inteligente pode variar muito.
Potencial da Internet Industrial – IIoT
Com grande potencial de transformação, especialistas estimam este mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos;
Promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e desperdício de materiais.
A Transformação Digital engloba tecnologias emergentes como inteligência artificial, nuvem, analytics, robótica avançada e internet das coisas.
A aplicação isolada ou combinada destas tecnologias está criando novos modelos de negócio e tornando outros obsoletos;
É neste contexto que avança a Internet Industrial ;
Conectando equipamentos e máquinas que operavam isoladamente e gerando grande volume de dados em tempo real.
O tratamento dessa massa de dados por softwares de análise gera informações capazes de criar ganhos de eficiência e vantagens competitivas acentuadas para as empresas de diversos setores;
Como manufatura, transporte, geração de energia e cuidados com a saúde.
“Já estamos na era da Internet Industrial, que une análise computacional, máquinas inteligentes e processos avançados às pessoas, tudo conectado entre si.
O desafio do Brasil é transpor os obstáculos que aceleram essa implementação”;
Afirma o presidente da ABII, José Rizzo Hahn.
“A pesquisa mostra claramente que a IIoT vem ganhando força no mercado, no entanto, o país ainda não está totalmente preparado para os impactos das transformações.
As empresas, aos poucos, estão otimizando seus processos e buscam alcançar maior eficiência com as tecnologias disponíveis”, conclui.
Sobre a ABII
A Associação Brasileira de Internet Industrial – ABII, fundada em agosto de 2016;
Atua com o objetivo de promover o crescimento acelerado e o fortalecimento da internet industrial no Brasil.
Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações;
Empresas e instituições internacionais, além da realização de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias e inovação.
A ABII é signatária do Acordo de Cooperação com o Industrial Internet Consortium – IIC;
Consórcio criado em 2014, nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela IBM, GE e Intel.
Buscando inserir o Brasil nesta revolução, Pollux, FIESC/CIESC e Embraco;
Uniram-se para fundar a ABII, que já conta com 35 empresas associadas.
Mais informações: abii.com.br.
Sobre a EMBRACO
Multinacional de capital brasileiro focada em inovação e uma das maiores fabricantes mundiais de compressores herméticos e soluções para refrigeração.
Com atuação global e capacidade anual de produção de 40 milhões de compressores, a companhia detém cerca de;
1.700 patentes depositadas vigentes e oferece soluções que se diferenciam pela inovação e pelo baixo consumo de energia.
Papel na ABII:
Como cofundadoras da ABII, o objetivo na associação é compartilhar experiências, promover sinergias e criar novas soluções, sempre com o intuito de elevar o país a uma referência no assunto, além de alavancar a performance das organizações e pessoas.
A Embraco entende a Internet Industrial das Coisas como parte da jornada digital;
Estratégica e progressiva de seu negócio, cujos objetivos são a análise inteligente de dados;
Que resulta em tomada de decisão assertiva; a padronização de soluções, e o compartilhamento de informações entre plantas e setores.
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