Programa de Cidadania Corporativa da Samsung recebeu os dez grupos finalistas da 12ª edição na cerimônia de premiação em São Paulo
O Solve for Tomorrow Brasil1 recebeu os dez finalistas da 12ª edição para a cerimônia de premiação, realizada em São Paulo na última terça-feira (2). O programa de Cidadania Corporativa da Samsung com coordenação geral pelo Cenpec estimula alunos e professores de escolas públicas a criarem projetos científicos com base na abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) para propor melhorias importantes para suas comunidades.
Na ocasião, seis projetos foram premiados nas categorias Vencedores Nacionais e Júri Popular, além de uma menção honrosa dada a o projeto com maior potencial transformador para a sociedade. Saiba mais sobre eles abaixo.
BabaçuTech – São Luís (MA)
Representando o Estado do Maranhão, o projeto ‘BabaçuTech‘ ficou em 1º lugar na categoria de Vencedores Nacionais da edição. O projeto foi desenvolvido por um aluno e quatro alunas do 3º ano do ensino médio e técnico do Instituto Estadual do Maranhão, na capital São Luís, e visa auxiliar as mulheres, também conhecidas como quebradeiras de coco de babaçu, no processo de coletar, quebrar e processar o babaçu para criar produtos como farinha e azeite. O protótipo é composto por um forno solar de baixo custo, feito com materiais reciclados, para secar o mesocarpo – a parte fibrosa da casca do coco –, acelerando o processamento do material e, consequentemente, a comercialização dos produtos desenvolvidos a partir dele.
Equipe responsável pelo projeto ‘BabaçuTech’
Para Marina Oliveira, uma das alunas envolvidas no projeto, a ideia é um grande diferencial para as quebradeiras de coco que atuam na região de São Luís. “É muito importante porque elas trabalham com isso, se sustentam com isso. É algo que valoriza esse processo e gera mais renda para elas”. Sobre a participação no evento, a aluna Julia Araujo conta que se emocionou com o reconhecimento que recebeu do programa. Ela também conta que o grupo pretende continuar com o projeto mesmo após o Solve for Tomorrow. “É algo pelo qual pegamos amor. Surgiu como uma ideia e virou algo melhor ainda. Realmente melhorou a vida das quebradeiras de coco. Isso é gratificante demais para quem é jovem cientista”.
Efeitos de Extratos Vegetais em Aedes Aegypti – Itumbiara (GO)
O Estado de Goiás foi representado por cinco alunas do Centro de Ensino em Período Integral Dom Veloso, em Itumbiara. Elas ocuparam o 2º lugar entre os Vencedores Nacionais ao desenvolverem o projeto ‘Efeito de Extratos Vegetais em Aedes aegypti’, que visa o controle do mosquito Aedes aegypti substituindo produtos tóxicos que são utilizados em estações disseminadoras de larvicidas, também conhecidas como EDLs, por larvicidas naturais. O larvicida natural produzido pelas alunas é levado pela fêmea do mosquito aos criadouros de difícil acesso. Sustentável e de fácil acesso à população, o protótipo usa extrato da planta saboneteira como estratégia acessível para ajudar no controle das doenças e do mosquito vetor de vírus.
Equipe responsável pelo projeto ‘Efeito de extratos vegetais em Aedes Aegypti’
Para a aluna Iris Guedes Almeida, participar do Solve for Tomorrow foi importante para dar visibilidade ao projeto, além de incentivar os jovens a serem verdadeiros protagonistas em suas escolas. Emocionadas por estarem entre as vencedoras da edição, as alunas compartilham os próximos passos do projeto. “Ano que vem faremos a prototipação. Devemos testar o fruto da saboneteira e aumentá-la. Também pretendemos usar cravo da índia para instalar as EDLs em campo”, afirma a aluna Anna Clara Souza Tenório.
Ecoluz Trap – Marabá (PA)
Um dos projetos que representaram o Estado do Pará foi o ‘Ecoluz Trap’, que ocupou o 3º lugar entre os Vencedores Nacionais. Desenvolvido por alunos do Instituto Federal do Pará, no Campus Marabá Industrial, o protótipo visa o combate a Vetores na Amazônia, funcionando como uma armadilha para atrair e eliminar os mosquitos vetores de doenças, além de ser uma alternativa de baixo custo em relação aos sprays inseticidas disponíveis no mercado. O modelo criado pelos alunos também é feito com materiais reutilizados e não contém qualquer produto químico que possa desencadear quadros alérgicos ou de intoxicação.
Equipe responsável pelo projeto ‘EcoLuz Trap’
A aluna Maria Clara Lima compartilha a importância de estar entre os projetos de destaque da edição. “Como adolescente negra, me sinto grata e feliz de representar pessoas como eu no ramo da ciência. Participar de um programa como esse e mostrar o poder da educação e as coisas que aprendi, mesmo sendo tão jovem, é incrível. Estamos criando projetos para ajudar pessoas e solucionar problemas do dia a dia. O Ecoluz Trap é para as pessoas mais pobres e marginalizadas, que são as que mais sofrem com essas doenças. De fato, estamos contribuindo com um mundo melhor”, afirma.
Após serem declarados como vencedores, o professor Riguel Feltrin Contente, orientador do grupo, falou sobre a satisfação de ver os alunos sendo reconhecidos. “Estou realizado de vê-los conquistando esse prêmio. O mérito é 100% deles, que não desistiram e conseguiram conciliar horário, ter iniciativa e criatividade. Estamos felizes que deu certo”.
ArapainaAtivo – Manacapuru (AM)
Desenvolvido por quatro alunas da Escola Estadual José Mota, em Manacapuru (AM), o Estado do Amazonas foi representado pelo projeto ‘ArapainaAtivo‘, que recebeu uma menção honrosa devido ao potencial transformador de seu protótipo. Criado para beneficiar famílias sem acesso à água potável nos períodos de seca na região, o biofiltro para tratamento de água também atende à demanda de descarte da ossada do peixe pirarucu em rios e aterros, contribuindo com a contaminação da água e do meio ambiente.
Equipe responsável pelo projeto ‘ArapainaAtivo’
Carla Gomes da Silva, aluna envolvida no projeto, conta que é muito importante representar o público feminino no meio da ciência. “Me sinto importante e espero inspirar outras meninas a fazerem seus projetos a participar do programa. Esse é um projeto com grande potencial, pois tem ajudado famílias e é super útil em nossa comunidade”. Ainda sobre a experiência de participar do programa, a estudante Ursula Ferreira compartilha sua perspectiva ao participar do Solve for Tomorrow. “É uma experiência muito nova e incrível. Estamos conhecendo pessoas novas e vendo pessoalmente os outros projetos, que só conhecíamos por foto. Estamos aprendendo ainda mais e tendo a oportunidade de socializar com os demais alunos e professores finalistas”.
Apollo SPX – Cuité (PB)
Representante do Estado da Paraíba, o projeto ‘Apollo SPX‘ ficou entre os mais votados pelo Júri Popular. Ele foi desenvolvido por alunos da Escola Estadual Cidadã Integral Técnica Jornalista José Itamar da Rocha Cândido, em Cuité (PB), para apoiar o reflorestamento da caatinga – bioma local, também podendo ser usado para dar suporte à agricultura. Com o objetivo principal de distribuir sementes no solo, o protótipo é composto por um foguete de reflorestamento reutilizável que conta com um motor impresso em 3D, usando resina de fibra de vidro para maior resistência. Ele também tem uma coifa com um paraquedas, que é controlado por Arduino para abrir após o lançamento.
Equipe responsável pelo projeto ‘Apollo SPX’
Como uma aluna mulher envolvida no projeto, Maria Helena Lopes fala da importância de estar envolvida com ciência desde tão nova. “Ser a única menina do grupo é importante porque, querendo ou não, projetos científicos e tecnológicos sempre envolveram muito mais homens. Acredito que essa presença da figura feminina contribui para que cada vez mais meninas se sintam atraídas por esse espaço, aumentando a nossa visibilidade também nas áreas das ciências”.
Bioconcreto – São Paulo do Potengi (RN)
Único projeto representando o Estado do Rio Grande do Norte, o ‘Bioconcreto‘ ficou entre os mais votados pelo Júri Popular. Criado por alunos do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, no Campus São Paulo do Potengi (RN), o protótipo dá um destino sustentável à cinza residual da torra da castanha de caju, decorrente da cajucultura na região, substituindo o concreto comum pela cinza, barateando o material e reduzindo os danos ao meio ambiente. O resultado disso é um produto de fácil desenvolvimento, que pode ser usado na produção de pisos intertravados, itens de decoração e quaisquer outros objetos que a criatividade permitir.
Equipe responsável pelo projeto ‘Bioconcreto’
Ao receber o prêmio na cerimônia da edição, o aluno Lucas Marcelo Lisboa de Freitas explica a importância de participar da iniciativa. “É gratificante ver que um projeto que começou de forma tão despretensiosa conseguiu estar aqui hoje. É uma verdadeira realização observar como a educação pode levar a gente a patamares tão elevados”. Já a aluna Maria Clara Silva Rocha demonstra o orgulho em ter criado um protótipo com tanto potencial. “Estamos muito contentes. É a realização de um sonho ver nosso projeto chegar aonde chegou. Isso mostra que nossos esforços valeram a pena”, conclui.
Painéis Ecológicos – Mãe do Rio (PA)
O município de Mãe do Rio, no Estado do Pará, ficou entre os mais votados pelo Júri Popular com o projeto ‘Painéis Ecológicos‘ a partir de compósito residual formado pelas cascas da mandioca e de ovos de galinha, a fim de atenuar os ruídos que podem dificultar a jornada de aprendizagem dos alunos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desenvolvido por alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Padre Marino Contti, a ideia é preencher uma sala de aula completa, atenuando os ruídos que também podem gerar transtornos emocionais para os professores.
Equipe responsável pelo projeto ‘Painéis Ecológicos’
O professor Antonio Denilson Leandro da Silva, que é orientador da equipe, compartilha sua perspectiva em participar do programa. “É muito gratificante. O prêmio maior é dar essa visibilidade à proposta e isso nós conseguimos. O conhecimento adquirido ao longo da pesquisa, a habilidade de trabalhar em equipe, a união e o impacto estabelecido na escola são os verdadeiros ganhos. Enquanto educador, me sinto realizado. A premiação maior é ver meus alunos crescerem, me sinto orgulhoso de vê-los chegando tão longe”.
Por dentro do Solve for Tomorrow
O Solve for Tomorrow é o programa de Cidadania Corporativa da Samsung que está no Brasil desde 2014. A iniciativa conta com uma programação diversa composta por webinars, workshops e mentorias para contribuir com o desenvolvimento dos participantes em termos de criatividade, senso de empatia, análise e argumentação científica, pensamento crítico, trabalho em equipe, entre outras habilidades.
Só em 2025, o programa ofereceu mais de 2.500 horas de capacitação para os alunos e professores envolvidos, com sessões online e presenciais em cinco Estados brasileiros. Também em 2025, a edição brasileira do programa registrou um aumento de 28%2 no número de projetos inscritos, além do aumento significativo de 72% na participação de professores2. A participação feminina também cresceu em 2025, contabilizando 111% mais professoras e 10% mais alunas envolvidas no programa2.
No total, a iniciativa já envolveu mais de 185 mil alunos, mais de 42 mil professores e mais de 8 mil escolas públicas em todo o país.
O programa está presente em mais de 60 países no mundo e, na América Latina, já alcançou mais de 354 mil alunos e professores de escolas públicas de 22 países desde 2014. As práticas pedagógicas de destaque de vários países da região estão disponíveis no site Solve for Tomorrow LATAM.
Para saber mais sobre o Solve for Tomorrow Brasil, acesse o site oficial do programa e a Samsung Newsroom Brasil.