Em meio à crise, empresa Fibracem se vê contratando mais e investindo em mão de obra qualificada.
Os últimos cinco trimestres não veem sendo os mais tranquilos para a economia brasileira, principalmente tratando-se da empregabilidade. Além da instabilidade econômica, fatores como a crise política, perda de grau de investimento e alto índice de inflação foram alguns dos problemas que levaram ao aumento do desemprego.
De acordo com a diretora de marketing da Fibracem, empresa especializada na produção de acessórios e cabos para redes ópticas no Brasil, Carina Bitencourt, mesmo com uma taxa atual superior a 10% no índice de desemprego, percentual que atualmente representa cerca de 11,1 milhões de pessoas, o setor de infraestrutura para telecomunicações, em especial redes ópticas, foi um dos setores que menos sofreu com o desemprego em comparação com os demais ramos.
“O recuo nos postos de trabalho nesse ramo foi de 2,4% em 12 meses – período que se refere entre o primeiro trimestre de 2015 ao primeiro trimestre de 2016 -, um percentual bem abaixo de setores como o industrial, que registrou uma redução de mais de 1,5 milhão de demissões em 2015 até agora” afirma. “No entanto, como a tecnologia está incorporada na nossa rotina percebemos que mesmo em períodos de crise, continua-se a investir em tecnologia”, analisa a especialista.
Mesmo inclusas no setor de indústrias, empresas como a Fibracem, que atendem à demanda do setor de tecnologia, conseguem resultados positivos e na contramão da crise. “Estamos registrando crescimento constante e gerando a cada ano novos postos de trabalho, inclusive em setores novos, como a linha de cabos óticos que demanda mão de obra especializada”, comenta Carina.
Contudo, a executiva ressalta a importância de se manter os investimentos no setor, mesmo com a fusão dos Ministérios da inovação, ciência e tecnologia com o das comunicações. “A verba destinada para o setor de ciência, tecnologia e inovação foi a menor nos últimos 12 anos, esperamos que essa junção de ministérios não interfira ainda mais nos investimentos para o nosso setor”, alerta.
Para quem há empregabilidade?
Para ela, ações como incentivo ao estudo e qualificação ininterrupta são um chamariz para que um candidato ou candidata sejam disputados no mercado. “Sempre surgem lançamento de novas maquinas, novos sistemas, nichos de mercado não atendidos, por isso o profissional quando qualificado e atualizado sempre será disputado pelo mercado”, ressalta Carina.
Carina comenta ainda, que quem analisa o curriculum dos candidatos não verifica apenas competências e qualificação técnica, os profissionais que tem uma evolução dentro de sua área de interesse tem maiores chances de serem escolhidos. “Muitas variações de área de interesse e longos longo períodos sem atuação no mercado de trabalho são fatores analisados na hora de uma possível contratação” conclui. Outro fator que pode dificultar a busca por um novo trabalho durante esse período de recessão é a expectativa muito elevada em relação a salários e benefícios, percebemos que muitos candidatos vêm de multinacionais que tiveram que demitir centenas de funcionários recentemente e que possuem expectativas financeiras que não correspondem ao atual cenário da maioria das empresas.