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Novo estudo do CEBDS identifica 14 tecnologias poupadoras de água com potencial de mercado de R$ 49 bilhões

por Agência Canal Veiculação

Economia gerada por essas tecnologias pode chegar a 19% do volume de água consumido pela indústria e 3% do volume consumido pela agricultura

São Paulo, 20 de junho de 2016 – O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em parceria com a GIZ – agência de cooperação do governo alemão que oferece soluções sustentáveis em processos de mudanças econômicas, sociais e políticas – acaba de lançar o estudo Eficiência no Uso da Água – Oportunidades para Empresas e Instituições Financeiras. O objetivo do estudo é apontar oportunidades tanto para empresas como para os bancos participarem ativamente da transição para uma economia eficiente em água — ele faz parte de um programa de capacitação sobre capital natural para instituições financeiras, que teve início em 2014, na Câmara Temática de Finanças Sustentáveis do CEBDS.

“Realizar esse mapeamento não foi trivial, mas precisamos de respostas concretas com valores reais para tornar estas oportunidades tangíveis. O estudo mostra como os bancos podem estimular tecnologias poupadoras de água, quais as oportunidades mais evidentes e como os setores podem se beneficiar com o uso dessas tecnologias”, resume Marina Grossi, presidente do CEBDS.

Ainda de acordo com a presidente do CEBDS, não existia no mercado nenhum relatório com informações relevantes para que bancos e empresas pudessem tomar decisões sobre o uso dessas tecnologias e mesmo um caminho para sistematizar o custo da água, mas esse estudo deve equacionar essa carência. “Conseguir conciliar cada tecnologia, dar a ela um parâmetro financeiro e um parecer sobre sua efetividade para fins de investimentos é fundamental para ajudar na tomada de decisão”, afirma Marina.

14 tecnologias para 09 setores

Foram analisadas 14 tecnologias viáveis para 09 setores de alto consumo de água. Os setores foram selecionados de acordo com seus coeficientes de consumo de água e representatividade no PIB brasileiro. “Procuramos identificar a quais setores se aplicam essas tecnologias, histórico de utilização, como funciona efetivamente e como economizam água, se exigem mudanças de processos, quais são os maiores custos dessas mudanças, entre outros aspectos”, explica Fernanda Gimenes, coordenadora da Câmara Temática de Finanças Sustentáveis do CEBDS.

Tecnologias mapeadas: Hidrômetro para Segmentação de Consumo, Irrigação por Gotejamento, Dispersador de Poeira, Esgoto para Aquicultura, Evaporação por Concentração de Vinhaça, Detector de Perda de Água, Torres de Resfriamento sem Químicos, Aproveitamento de Água Pluvial, Tratamento de Ozônio, Zonas Úmidas Artificiais, Ultra filtração, Osmose Reversa, Destilação Térmica e Reflorestamento.

Setores pesquisados: Pecuária, Agricultura (Soja e Cana), Processamento de Alimentos, Automotiva, Petroquímica, Aço e Metalurgia, Mineração, Bebidas e Papel e Celulose.

De acordo com o estudo, o potencial de economia de água anual das 14 tecnologias pode chegar a 19% da água consumida pela indústria e 3% da água consumida pela agricultura – esses percentuais podem representar até R$ 11,6 bilhões economizados por ano. Em números absolutos, estamos falando em 4,4 bilhões de metros cúbicos economizados por ano — 2,3 bilhões pelas tecnologias voltadas à indústria e 2,1 bilhões pelas tecnologias voltadas à agricultura.

Já o potencial de mercado dessas tecnologias é de R$ 49 bilhões, dos quais 25 poderiam ser financiados pelas instituições financeiras. Em outras palavras, se essas tecnologias forem implementadas, poderão gerar negócios para fornecedores e instituições financeiras dessa ordem. “Os bancos querem apoiar e financiar uma tecnologia que seja viável e efetiva, mas para representar uma oportunidade para os bancos tem que representar uma boa oportunidade também para o setor produtivo; os usuários de água não farão investimentos só porque existe disponibilidade de capital. Exatamente por isso, o estudo aborda esses dois aspectos de cada tecnologia”, disse Gustavo Pimentel, da SITAWI.

Para ter acesso ao estudo completo, empresas e instituições financeiras podem acessá-lo através do link http://cebds.org/publicacoes/eficiencia-no-uso-da-agua/#.V2GTmfkrLIU

Sobre o CEBDS

Fundado em 1997 por um grupo de grandes empresários brasileiros atentos ao tema da sustentabilidade, o CEBDS é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável nas empresas que atuam no Brasil por meio da articulação junto aos governos e à sociedade. Reúne entre seus associados mais de 70 dos maiores grupos empresariais do país, com faturamento de cerca de 40% do PIB e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. É representante no Brasil da rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que conta com quase 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países e de 22 setores industriais, além de 200 grupos empresariais que atuam em todos os continentes. Para mais informações, acesse www.cebds.org

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