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Humanos + Máquinas: O futuro do trabalho

por Agência Canal Veiculação

*Paul Sullivan

“Um robô roubará meu empregos?”, “As máquinas estão à beira de assumir o controle de tudo?”

Essas são perguntas de muitos profissionais. E, em uma única palavra, a resposta é simples: “não”.

É verdade que devido à Lei de Moore, chips de silício e computadores estão avançando mais rápido que os seres humanos. Por isso, espera-se que em breve o poder computacional das máquinas excederá o poder computacional do cérebro humano. Mas aqui é preciso salientar que os computadores continuarão a nos complementar, não nos substituir.

Hoje, por mais imperceptíveis que sejam, os robôs estão por toda parte na vida do consumidor: nas máquinas de vendas automáticas, nas portas automáticas, nas atrações de parques de diversão, nos automóveis, nas máquinas de lavar a louça, etc. O que faríamos se eles não existissem? Não temos escapatória. Tecnologias como o transistor, a Internet das Coisas (IoT), a computação quase infinita, a computação em nuvem e os robôs permitirão que computadores criem as coisas melhores do que nós. Esse é o modo como as coisas serão feitas no futuro.

O crescimento a longo prazo de uma economia avançada é dominado pelo comportamento do progresso tecnológico. Séculos atrás, o telescópio e o microscópio fizeram a distância diminuir e, pequenas coisas, ficarem maiores. Eles não eliminam nosso senso de visão, mas se tornaram extensões dos sentidos humanos, permitindo-nos progredir. A partir dessas duas invenções, foram criados inúmeros postos de trabalho nas áreas de saúde, aeroespacial, previsões do tempo e na ciência.

A Inteligência Artificial (AI), dará aos robôs a capacidade de concluir tarefas sem depender de designers para instruções. Esse mecanismo usará a entrada do novo sistema nervoso digital – a Internet das Coisas – para perceber e reagir o mundo real de forma inteligente, o que torna o Design Generativo possível.

O design generativo permite que se diga ao computador o que queremos alcançar em vez de desenhar o que já sabemos. O design generativo pode aprender a responder às preferências não ditas, enquanto a inteligência artificial tem a capacidade independente de terminar projetos sem intervenção humana. Os computadores podem ser mais criativos, mais intuitivos. Com isso, eles vão entender a eloquência do significado, destilar a essência de uma coisa e compreender uma ideia. Em outras palavras, eles vão aumentar nossas habilidades para fazer tarefas que nunca fizemos antes.

O design generativo aproveita o poder infinito da computação em nuvem para gerar um grande número de alternativas de projetos e identificar a solução ideal que atenda os parâmetros e restrições especificadas pelo designer ou engenheiro. O designer ainda escolhe as restrições, as metas, o que eles querem atingir no final, mas é o software que determina a maneira mais otimizada de apresentar isso em produtos fabricáveis. A máquina gera o produto final, permitindo que designers e engenheiros se concentrem em tarefas mais criativas e cruciais que, em última análise, resultam no projeto final.

Com tamanhos cada vez menores e alta capacidade de armazenamento, os chips estão presentes em diferentes situações do cotidiano (sensores de eletricidade e água, por exemplo). Em pouco tempo vamos nos deparar com nano-robôs do tamanho de um grão de areia capazes de diagnosticar e tratar doenças a nível celular, incluindo o câncer e outros transtornos.

A inovação tecnológica cria possibilidades. A tecnologia sempre esteve a serviço dos seres humanos, ajudando-nos a melhorar e a atingir os nossos objetivos. Os robôs alimentarão a inovação em muitas indústrias, desde manufatura e construção até a área cinematográfica.

“Não se trata de ser substituído pela automação, mas sim sobre colaboração”.

À medida que as máquinas assumirão tarefas repetitivas e perigosas, poderemos nos concentrar em atividades de maior valor intelectual que nos tornarão mais criativos. Do design generativo ao machine learning de robótica, as máquinas aumentarão nossa produtividade e capacidades como seres humanos. O resultado é um ambiente de trabalho melhor com colaboradores mais motivados.

Ao longo da história, os seres humanos têm moldado o mundo. Os avanços tecnológicos que criamos representam uma nova forma de trabalho, com novas possibilidades e essas tecnologias terão um impacto. Nós estamos em uma época de rápidas mudanças e o ritmo da inovação vai exigir mentalidades e novas habilidades. Mudanças essas que virão repletas de oportunidades.

*Paul Sullivan, evangelista de tendências tecnológicas para a Autodesk LATAM

 

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