Só em 2013, as empresas residentes no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec) faturaram R$ 74,4 milhões, investiram R$ 7,3 milhões em P&D, geraram cerca de 250 empregos no Edifício Institucional, arrecadaram R$ 10,6 milhões em impostos, importaram cerca de R$ 7,9 milhões, venderam R$ 1,6 milhão no exterior e obtiveram pelo menos 15 prêmios e conquistas, além de dois pedidos de patentes, sendo uma concedida. Os números de impacto mostram que Parque Tecnológico vem cumprindo seu papel de fomentar inovação e criar novas tecnologias.
Para o diretor-presidente do BHTec, professor Ronaldo Pena, o maior desafio para o BHTec atualmente é gerar mais espaço para abrigar empresas de inovação. “Precisamos emplacar a fase II de Expansão do Parque. Temos muitas empresas interessadas em residirem no BHTec, mas nos falta espaço. O Edifício Institucional já foi inaugurado 100% ocupado e manteve-se dessa forma desde então”, conclui. Em parceria com o BDMG, o BHTec já concluiu a modelagem de seu plano de expansão, que prevê a área para edificação de mais cinco edifícios.
Com dois anos de operação completos, o BHTec é um ambiente que favorece a inovação por meio da interação entre as empresas residentes com universidades, centros de pesquisa e demais agentes do sistema de inovação. O Edifício Institucional atualmente abriga 16 empresas residentes, três Centros de Tecnologia da UFMG, uma Associação de empresas de Biotecnologia e um escritório da Fundep. A união de empresas, universidade e governo em uma tríplice hélice de cooperação no BHTec promove a cultura da inovação e estimula o fluxo e a troca de conhecimento, facilitando o desenvolvimento de negócios inovadores.
Prova disso são os novos produtos que surgiram dentro do BHTec, frutos de parcerias entre as empresas residentes. Uma parceria de sucesso acontece entre as empresas Ecovec e Ivision, que estão desenvolvendo um projeto de pesquisa com aportes da Fapemig. Para o diretor da Siteware, Marcello Ladeira, estar em um ambiente compartilhado com outras empresas de inovação é um dos principais motivos para residir no Parque.
Para o diretor da Enacom, Douglas Vieira, a proximidade com a UFMG é fundamental para a empresa. “Nossa equipe quase em sua totalidade ou é ou já foi aluno da UFMG, e estar no BHTec possibilitou que pudéssemos atrair jovens pesquisadores da universidade. Vendemos P&D para outras empresas e necessitamos de recursos humanos qualificados”, afirma. Essa troca entre as empresas e o meio acadêmico gera negócios, empregos e retenção de talentos. Ao ajudar as empresas no acesso à mão de obra qualificada da universidade, o BHTec une o presente ao futuro: os talentos que estão começando a surgir já podem influenciar nas empresas de base tecnológica que desenvolvem soluções e produtos cada vez mais inovadores.
Ainda para o diretor da Enacom, estar associado a marcas como o BHTec, a UFMG e a Fapemig, gera credibilidade institucional e é um diferencial para a relação com o cliente. Para o CEO da STA, Marcello Melo, a entrada da empresa no BHTec mudou a história da empresa. “Gosto de dizer que a STA não seria quem é ou não teria o potencial que tem se não estivesse no BHTec. Uma das principais vantagens de estar no Parque hoje é viver e respirar o ambiente de inovação, de tecnologia e empreendedorismo. Dentro do BHTec, hoje convivo com eventos, discussões e pessoas que podem promover um aprendizado que fora daqui dificilmente eu teria acesso”, conclui.
História – O Projeto do Parque Tecnológico foi inicialmente elaborado pelos professores da UFMG Mauro Borges Lemos e Clélio Campolina Diniz, atuais ministros, respectivamente, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O projeto pensado em 1992 ganhou força e impulso a partir de 2002, com a aprovação do Conselho Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para realização de estudos de viabilidade, que culminou, em 2004, na aprovação da cessão de área da UFMG para implantação do empreendimento. Em 2005, foi criado formalmente o Parque Tecnológico de Belo Horizonte, pelos sócios-fundadores da UFMG, Estado de Minas Gerais, município de Belo Horizonte, Sebrae Minas e Fiemg. As obras de infraestrutura no terreno iniciaram-se em 2006, com recursos da Prefeitura de Belo Horizonte. O Edifício Institucional do BHTec foi construído pelo governo do Estado, entre 2008 e 2012, com recursos da Fapemig. O processo para escolha das empresas de base tecnológica que ocupariam o prédio foi concluído em 2011. A inauguração do Edifício aconteceu em 16/05/2012, com a ocupação integral do espaço.