Home Mídia Corporativa Minicom fala sobre plano de negócios e financiamento para redes de fibras ópticas

Minicom fala sobre plano de negócios e financiamento para redes de fibras ópticas

por Agência Canal Veiculação
O diretor do Departamento de Banda Larga do Minicom disse no 6º ISP que o Governo tem visto que os provedores regionais expandem seus negócios investindo em redes próprias com o lucro de suas empresas
Artur Coimbra, diretor do Departamento de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (Minicom), falou no segundo painel desta quinta-feira, 15, no 6° ISP, o maior encontro da América Latina de provedores regionais de internet, promovido pela Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações).
Jorge Salomão, da P&D Brasil, ressaltou o esforço da entidade, junto às empresas, para fomentar o desenvolvimento tecnológico. Luiz Paulo Costa Silva, da Volare Consultoria, tratou do tema planejamento de negócios. O painel teve moderação de Erich Rodrigues, da Abrint.
“Conheci a Abrint em 2011 quando alguns empresários entraram na minha sala, se apresentaram como representantes da entidade e disseram que tinham uma lista de problemas para serem resolvidos”, lembrou Coimbra.

 

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O diretor do Departamento de Banda Larga do Minicom disse que o Governo tem visto que os provedores regionais estão expandindo muito seus negócios e que é um setor que investe muito do seu lucro na empresa. Comentou que esses provedores geralmente têm custos de implantação menores do que as grandes operadoras, conhecem bem suas regiões, características e perfil dos usuários, mas reconheceu a dificuldade para obtenção de financiamentos.
Citou três linhas, que considera interessantes para os provedores. O cartão BNDES é uma delas e indicada como solução imediata. Há ainda o BNDES Automático e o BNDES Finame para equipamentos. Essas linhas são disponibilizadas para empresas consideradas de médio porte, com faturamento de até R$ 90 milhões.Mas reconheceu que conhece apenas uma empresa brasileira que possui Cartão BNDES com o limite máximo, que é de R$ 1 milhão. “A média varia de R$ 200 mil a R$ 300 mil “. Além disso, oBNDES Automático, que tem taxas parecidas com Finame eé acessado por meio de outros agentes financeiros – bancos credenciados – não tem nem um caso de financiamento aprovado para provedores regionais, segundo Coimbra.
Mas uma das conquistas lembradas pelo palestrante foi a inserção da fibra óptica no Finame. “Houve uma discussão para definir se fibra óptica poderia ser caracterizada como equipamento ou não, mas isso já foi superado e agora com o Finame é possível financiar fibra óptica”.
Para facilitar o acesso a linhas de crédito, duas soluções estão sendo defendidas pelo Minicom, segundo Coimbra. A primeira é que possam aceitar recebíveis como garantia. O financiador alega dificuldade de obtenção de informações claras desses provedores regionais e “isso nos leva a uma última solução que é, provavelmente, a que vamos encaminhar nos próximos meses”, adiantou. Segundo o palestrante, várias conversas estão sendo encaminhadas com os ministérios do Planejamento e Fazenda para criar uma linha de financiamento específica para provedores regionais e também um fundo de aval, com critérios mais práticos para cobrir uma eventual inadimplência.
“Eu queria trazer essa mensagem de que os problemas do setor estão mais bem conhecidos hoje, soluções estão sendo encaminhadas paulatinamente e, provavelmente, atéo meio do ano, vai sair uma solução dentro do governo para melhorar o acesso ao crédito e financiamento de projetos”, finalizou.
O moderador Erich Rodrigues falou da importância dos associados em fornecerem informações e ressaltou a importância dos esforços do Minicom.
Luiz Paulo Costa Silva apresentou detalhadamente a linha de planejamento de negócios para implantação de rede FTTH. Especificou todos os passos para investimentos em equipamentos e planejamento de custo operacional, analisando custos gerais, tributos, receita bruta e líquida, prazo para recuperação do investimento e sustentabilidade do negócio.
“O que estamos tentando junto ao sistema financeiro é conseguir que todo esse investimento seja considerado um projeto a ser financiado e não um produto”, explicou. E ressaltou que a Abrint vem fazendo um trabalho excelente junto a várias instâncias de governo e mercado. “Evidentemente que isso leva um tempo que não controlamos, mas essa é a busca”, concluiu.
Jorge Salomão, da P&D Brasil, falou sobre a entidade, que reúne empresas de automação, energia, telecomunicações, software e outras e explicou que o núcleo comum da P&D é o desenvolvimento local de tecnologia com objetivo de agregar valor aos produtos. “Domínio tecnológico é de fundamental importância para que sejamos competitivos”.

 
“O agente financeiro não sabe o potencial desse mercado, não sabe como formatar créditos que possam tornar esse negocio mais atraente e efetivo e o sistema financeiro não é muito capaz de equacionar o problema da garantia”. Mas, ressaltou que é um mercado de risco muito baixo.

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