5 estratégias para adotar desenvolvimento agentic e multiplicar entregas com o Google Antigravity
Uma mudança fundamental está ocorrendo na forma como softwares são construídos: a inteligência artificial deixou de ser assistente que completa linhas de código e passou a atuar como agente autônomo capaz de planejar, executar e validar tarefas completas de desenvolvimento. O Google Antigravity, lançado em novembro de 2025, representa essa transição, uma plataforma onde desenvolvedores operam como orquestradores de IA, não como escritores de código.
A plataforma combina uma IDE familiar (baseada em Visual Studio Code) com uma interface agent-first que permite delegar tarefas end-to-end que antes exigiam constante troca de contexto entre editor, terminal e browser. O desenvolvedor define o que precisa ser feito, agentes de IA planejam, executam, testam e documentam de forma autônoma.

Google Antigravity transforma desenvolvedores em arquitetos de soluções
Segundo William de Paiva Bella, especialista em tecnologia em sistemas críticos bancários, hospitalares e governamentais em três continentes, a mudança não está na velocidade da IA, mas no tipo de trabalho que ela agora assume. “Antigravity não é sobre escrever código mais rápido. É sobre desenvolvedores deixarem de ser digitadores e passarem a ser arquitetos de soluções. A IA assume o ciclo completo: criação, teste, correção e devolve o tempo para o que realmente importa: decisões estratégicas e design de sistemas”, explica.
Multidisponibilidade na plataforma
A plataforma já está disponível gratuitamente em preview público para Mac, Windows e Linux, com suporte a múltiplos modelos: Gemini 3 Pro, Claude Sonnet 4.5 e GPT-OSS. Integrações com GitHub mostram 35% mais precisão em resolução de desafios de engenharia comparado ao Gemini 2.5 Pro, e JetBrains reporta mais de 50% de melhoria em tarefas resolvidas.
Mas adotar desenvolvimento agentic exige mudanças na forma como as equipes trabalham. Por esse motivo, William de Paiva Bella lista, abaixo, cinco estratégias práticas para começar.

Confira as 5 dicas “estratégias” apontadas pelo especialista William de Paiva Bella:
Redefina o papel do desenvolvedor de executor para orquestrador
O foco do desenvolvedor migra de escrever código para moldar intenção, revisar artefatos e coordenar outputs. Isso exige treinamento em prompt engineering avançado, design de tarefas para agentes e validação de trabalho autônomo. Times que fazem essa transição gastam menos tempo codificando e mais tempo arquitetando.
Estruture tarefas para delegação completa, não assistência pontual
Antigravity funciona melhor quando você delega tarefas end-to-end, não solicita ajuda em linhas específicas. Em vez de “complete esta função”, delegue “crie feature de autenticação com OAuth, testes unitários e documentação”. Quanto mais completa a tarefa, maior o ganho de produtividade.
Implemente processos de verificação em artefatos gerados
Agentes no Antigravity geram “Artifacts”, entregas tangíveis como task lists, planos de implementação, screenshots e gravações de browser. Esses Artifacts permitem verificar a lógica do agente rapidamente, e você pode deixar feedback diretamente neles, similar a comentar em um documento. Crie rituais de revisão focados nesses artefatos, não em code reviews tradicionais.
Estabeleça sandboxes e políticas de segurança claras
O Google adverte que “Antigravity tem certas limitações de segurança conhecidas”, incluindo riscos de exfiltração de dados e execução de código potencialmente malicioso. Use ambientes isolados para testes, evite processar dados sensíveis sem revisão e aumente o nível de supervisão humana em sistemas críticos.
Construa base de conhecimento para agentes aprenderem
Antigravity trata aprendizado como primitivo central, permitindo que agentes salvem contexto útil e trechos de código em uma base de conhecimento para melhorar tarefas futuras. Alimente essa base com padrões da empresa, decisões arquiteturais e soluções validadas. Quanto mais os agentes aprendem sobre seu contexto, mais eficazes eles se tornam.
A transição já começou e está decidindo quem permanece relevante.
Conteúdo composto por: William de Paiva Bella