À medida que os mercados globais se preparam para um crescimento mais lento, a Utility Global, empresa sediada em Houston especializada em descarbonização industrial econômica, não demonstra sinais de desaceleração.
A companhia anunciou a nova nomeação de Eric Duchesne, ex-diretor de tecnologia (CTO) e chefe de projetos de capital das operações downstream da TotalEnergies, passou a integrar a empresa como assessor do conselho de administração, trazendo mais de três décadas de experiência em execução de megaprojetos, industrialização de tecnologias transformadoras e fortes relacionamentos com os setores de refino e de produtos químicos em todo o mundo.
“A nova nomeação se deve a ampla experiência de Eric na liderança de megaprojetos e operações no setor de energia, aliada à sua paixão por comercializar tecnologias de descarbonização, faz dele um assessor ideal para a Utility à medida que ingressamos nas indústrias de refino e petroquímica”, afirmou Parker Meeks, CEO da Utility.

“A tecnologia proprietária H2Gen da Utility, que é operacionalmente flexível e produz hidrogênio limpo a partir da água sem necessidade de fornecimento de eletricidade, pode ser muito mais competitiva do que o hidrogênio verde ou azul. Além disso, é capaz de gerar um fluxo separado com até 95% de dióxido de carbono puro, eliminando efetivamente a necessidade de captura de carbono em alguns contextos”, explicou Eric Duchesne.
Enfrentando a desaceleração com ação industrial
Enquanto grande parte do setor global de energia aperta os gastos, a Utility Global parece estar ganhando impulso. A decisão de incorporar Eric Duchesne como nova nomeação e segue-se às recentes nomeações para o conselho de líderes da indústria do aço, Dr. Henrik Adam e Tetsuya Shioda, sinalizando uma estratégia deliberada de recrutar executivos veteranos de setores com alta intensidade de carbono.
Esse foco em experiência operacional contrasta fortemente com a onda de empreendimentos de descarbonização em estágio inicial que ainda buscam modelos de negócios escaláveis. A abordagem da Utility Global — que combina profunda expertise industrial com tecnologia disruptiva de produção de hidrogênio — a posiciona para prosperar mesmo com o esfriamento dos mercados de capitais.
Em um cenário econômico no qual muitas empresas de tecnologia limpa estão adiando implantações, a trajetória de crescimento da Utility aponta para uma conclusão clara: a empresa está crescendo com propósito, não apenas com potencial.
América Latina: a próxima fronteira da descarbonização industrial
Brasil e México representam duas das oportunidades mais promissoras — e ainda pouco exploradas — para o tipo de tecnologia que a Utility Global está desenvolvendo. Ambos os países compartilham dinâmicas críticas semelhantes: grandes bases de refino e petroquímica, crescente pressão ambiental para descarbonizar e um apetite cada vez maior por parcerias tecnológicas internacionais.
No Brasil, a estatal Petrobras opera um dos maiores sistemas de refino do Hemisfério Sul e já sinalizou sua intenção de integrar tecnologias renováveis e de baixo carbono às suas operações. O setor de refino brasileiro, responsável por cerca de 95% da produção de combustíveis do país, também está entre os maiores emissores de CO₂.
Modernização e descarbonização do refino no México
O México, por sua vez, oferece um cenário distinto, porém igualmente atraente. A modernização contínua da infraestrutura de refino da Pemex, conduzida pelo governo, combinada com uma nova onda de investimentos do setor privado em plantas petroquímicas e de produtos químicos especiais, cria um terreno fértil para a rápida adoção dos sistemas modulares de hidrogênio da Utility.
A frota de refinarias mexicana ainda depende fortemente de insumos fósseis tradicionais, mas os formuladores de políticas públicas estão cada vez mais focados em estimular a inovação em energia limpa no próprio país. A tecnologia da Utility, com sua capacidade de produzir hidrogênio de forma independente da rede elétrica, se encaixa naturalmente no esforço do México por soberania energética, ao mesmo tempo em que atende aos compromissos de redução de emissões.
A nova nomeação que contempla Eric Duchesne fortalece a capacidade da Utility de atuar nesses ambientes complexos e ligados ao Estado. Sua rede de décadas envolvendo empresas de engenharia, suprimentos e operação downstream em toda a América Latina oferece uma base sólida para ampliar o engajamento tanto no mercado mexicano quanto no brasileiro.
Construindo confiança por meio da execução
Em toda a América Latina, líderes industriais estão observando o surgimento de uma nova tendência: a descarbonização prática. Em vez de metas abstratas de emissões líquidas zero ou projetos-piloto de hidrogênio em pequena escala, as empresas estão priorizando soluções comprovadas e financeiramente viáveis.
É nesse contexto que o mantra da Utility — de “descarbonização econômica” — ganha força. Seu processo H2Gen oferece um caminho para reduzir a intensidade de carbono sem o pesado ônus de capital associado aos eletrolisadores ou às adaptações para captura de carbono. Para mercados como Brasil e México — onde a acessibilidade e a confiabilidade da energia continuam sendo fatores essenciais — essa lógica econômica tende a ganhar tração rapidamente.
A rede crescente de assessores industriais da Utility Global agrega credibilidade que vai muito além da inovação técnica. Ela sinaliza uma capacidade real de execução em condições industriais concretas, em economias onde custo, logística e confiabilidade podem determinar se os esforços de descarbonização avançam ou estagnam.
Impulso em um momento de cautela no mercado
Em um ano marcado pela restrição do capital de risco, cautela nos gastos corporativos e ventos macroeconômicos desfavoráveis, as ações decisivas da Utility Global se destacam. Enquanto muitas empresas do setor de energia limpa recuam para preservar caixa, a Utility está reforçando suas capacidades, relacionamentos e prontidão para implantação.
A combinação de flexibilidade na produção de hidrogênio, pureza do carbono e facilidade de adaptação de sua tecnologia pode permitir que a empresa avance à frente de concorrentes mais lentos no segmento de hidrogênio verde nos mercados latino-americanos de refino e petroquímica.
Para os investidores, a mensagem é clara: mesmo em uma economia global em desaceleração, a Utility Global continua avançando com base em fundamentos sólidos — excelência em execução, diferenciação tecnológica e demanda real de mercado. Para Brasil e México, isso pode significar um caminho mais rápido e acessível para a descarbonização industrial — e um novo capítulo na transformação energética limpa da região.