Dados coletados pela B&T Câmbio e divulgados pela revista Exame indicam que está aumentando a exportação de serviços em tecnologia e desenvolvimento no Brasil para USA e Europa. Segundo a pesquisa, de 2021 para 2022 a venda desse tipo de serviço para o exterior teve uma variação positiva de 32%.
Em dólares, isso representa um aumento de 31 para 41 milhões movimentados. Foram 5,3 mil transações envolvendo serviços de tecnologia em 2022, contra 4,3 mil em 2022.
O estudo da B&T, que teve sua primeira edição feita em 2021, considera como “serviços de tecnologia” uma gama variada de atividades que exigem profissionais qualificados para desenvolvimento de software, consultorias, gestão, manutenção, entre outras. Segundo os responsáveis pela pesquisa, o Brasil está aumentando a exportação desse tipo de mão de obra, principalmente após a popularização do trabalho remoto.
“O mercado de trabalho em tecnologia está superaquecido. Até 2025, o mercado brasileiro de tecnologia terá um déficit de 530 mil profissionais de TI, segundo dados da Brasscom. É importante destacar que o mercado está mais exigente também: as empresas estão buscando profissionais com mais habilidades e mais experientes”, avalia Rodrigo Quinhoneiro, CTO do Lingopass, uma edtech focada no ensino de idiomas para empresas.
Devido à necessidade de digitalizar diversos sistemas durante e mesmo após a pandemia, muitas empresas viram a necessidade de contratar mais serviços de tecnologia. Considerando o valor do dólar em relação ao real, a contratação de profissionais de TI brasileiros por empresas estrangeiras se mostrou vantajosa e acabou refletindo no aumento da exportação de serviços, avaliam os responsáveis da B&T.
Atento a esse sinal do mercado, Quinhoneiro conta como viu isso se refletir na busca das empresas pela capacitação dos profissionais de TI para se comunicarem em outras línguas. “A internacionalização do trabalho deixa claro que a colaboração com times globais e o multiculturalismo é super essencial”, diz. “Profissionais de TI, em especial, precisam cada vez mais falar e se conectar com as pessoas, já que as principais soft skills exigidas deles são a comunicação, a negociação, a colaboração e a persuasão.”
A força de trabalho brasileira conta com um grande contingente de jovens altamente qualificados na área de tecnologia. Isso têm atraído empresas estrangeiras, que também valorizam a capacidade comunicacional e adaptativa dos profissionais brasileiros para integrarem as equipes internacionais.
Quinhoneiro aponta que isso automaticamente torna necessária a qualificação dos profissionais para outros idiomas, se as empresas desejam aproveitar esse aquecimento do mercado internacional de TI. “Sem o domínio linguístico multicultural é difícil interagir e entender as nuances de trabalho da equipe que você está inserido”, finaliza o empresário.
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