Manual apresenta diretrizes internacionais, casos de sucesso e metodologia para gestão de riscos
Em parceria com a Microsoft Brasil, o Centro de Liderança Pública (CLP) desenvolveu um guia para a criação de ferramentas de inteligência artificial na gestão pública. O material foi lançado nesta quinta-feira (30) durante o 127º Fórum Nacional de Secretários de Estado da Administração, realizado em Maceió/AL.
A IA oferece uma ampla possibilidade de aplicações no setor público, desde a saúde à segurança, promovendo melhorias na eficiência, na tomada de decisões e reformulando a maneira como os governos operam e interagem com os cidadãos. “É fundamental que os servidores públicos estejam adequadamente orientados para garantir o uso ético, transparente e benéfico da inteligência artificial”, afirma o diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros.
O guia do CLP e Microsoft utiliza como base o NIST AI 100-1 Artificial Intelligence Risk Management Framework (AI RMF 1.0), ou Estrutura de Gestão de Risco de inteligência artificial, documento desenvolvido pelo National Institute of Standards and Technology (NIST) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. “É um documento que ultrapassa fronteiras e serve como mapa para organizações do mundo todo ao solidificar uma linguagem e metodologia comuns na gestão de riscos relacionados à IA”, explica Barros.
Segundo ele, o Brasil ainda tem muito a avançar no tema, principalmente no pilar de políticas públicas e regulação de IA na gestão governamental. O ranking dos países mais desenvolvidos em inteligência artificial, lançado pelo site britânico Tortoise Media, analisou mais de 140 indicadores de 62 países e classificou o Brasil na 35ª posição – atrás de países como República Tcheca, Malta e Arábia Saudita, mas à frente de nações como Nova Zelândia, Hungria e Turquia.
“A iniciativa do guia de IA para gestores públicos é muito importante para que o setor acompanhe e, também, possa usufruir dos impactos positivos que a tecnologia já está trazendo para a sociedade. A inteligência artificial tem potencial para beneficiar a economia e a sociedade de forma geral, trazendo mais eficiência na entrega de serviços à população. Acreditamos que este material pode ajudar a disseminar essas boas práticas e promover uma IA ética, confiável e inclusiva, que melhore a experiência dos brasileiros no uso dos serviços públicos”, afirmou Ronan Damasco, diretor de Tecnologia da Microsoft Brasil.
Com o objetivo de mostrar os avanços do setor público brasileiro nesse tema e inspirar governos locais a adotarem iniciativas semelhantes, o CLP também elaborou um manual de boas práticas em inteligência artificial na gestão pública, no qual compartilha iniciativas que estão sendo implementadas no país em níveis federal e estadual.
Entre os exemplos estão assistentes virtuais de atendimento – os chamados chatbots – como a Jaque, adotada pela Secretaria do Tesouro Nacional em 2019. Utilizando tecnologias de inteligência artificial para o Siconfi, o portal de informações contábeis da Administração Pública federal, em apenas quatro meses de operação a Jaque havia concluído mais de 2.800 interações, aliviando a carga de trabalho dos servidores responsáveis pelo órgão.
“Os dois guias se aprofundam nas diretrizes, melhores práticas e nos casos de uso, sempre visando contribuir para um serviço público mais eficaz e inovador, que é a missão do CLP”, resume Tadeu Barros.
Sobre o CLP
O Centro de Liderança Pública (CLP) é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 15 anos, defende um Estado Democrático de Direito eficiente no uso de seus recursos e constituído sobre princípios republicanos.
Sobre a Microsoft
A Microsoft (Nasdaq “MSFT” @microsoft) tem como missão empoderar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais. Presente em 190 países, com 122 subsidiárias, a empresa é líder em inovação e no desenvolvimento de tecnologias promissoras, como a Inteligência Artificial (IA) e aplicações em nuvem. No Brasil há 34 anos, a Microsoft possui um ecossistema de mais de 25 mil parceiros. Desta forma a empresa mantém uma robusta estrutura de negócios, altamente eficiente, e que conta ainda com um Centro de Transparência, que visa promover a computação confiável e segura, o Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL – Advanced Technology Lab), e o Centro de Tecnologia Microsoft (MTC – Microsoft Technology Center), em operação no Brasil desde janeiro de 2012. Com o objetivo de contribuir com ações capazes de preparar os profissionais para a economia digital, reduzindo as desigualdades e promovendo a inclusão no País, a Microsoft também lançou em 2020 o Plano Microsoft Mais Brasil que tem, entre os seus pilares, a capacitação de profissionais para o mercado de tecnologia, condição essencial para promover a transformação digital das empresas brasileiras. Desde julho de 2020, quando foi estabelecido o plano Mais Brasil, até julho de 2023, 7,8 milhões de pessoas foram alcançadas com diferentes iniciativas de qualificação e requalificação.