Em 2022, o governo brasileiro tornou o Brasil o segundo país em maturidade digital. Esta constatação foi recém-divulgada no relatório do Banco Mundial, comparado a outros 198 países, segundo a Agência Brasil. Atualmente, o Brasil possui cerca de 140 milhões de usuários de serviços digitais atualmente. Pode-se dizer que seria o equivalente a 80% da população brasileira.
O avanço brasileiro com serviços digitais de governo entretanto, passa por um desafio de evolução: a escala dos serviços já criados. Segundo o Gartner, 55% dos programas governamentais falham ao escalar. A eficiência operacional dos processos internos, reduzindo custos e tempo para novas implementações, é um desafio para governos de todo o mundo. É na parte de escala e atualização de serviços existentes que especialistas consideram plataformas de low-code como possível solução.
“O low-code é uma plataforma de alta performance que auxilia empresas, governos e os próprios desenvolvedores no desenvolvimento e implantação de sistemas, pois com ajuda da Inteligência Artificial, o desenvolvedor consegue tirar da fila, novos pedidos de aplicações, entre elas atualizações, economizando tempo e novos recursos”, menciona Adeisa Romão, Diretora Comercial da OutSystems, uma das empresas provedoras de plataformas low-code que está no Brasil auxiliando o mercado privado e público. “Diante de tamanha oferta de softwares hoje no mercado, temos constatado que cerca de 75% dos orçamentos de TI estão alocados para manutenção e melhoria de soluções existentes e 24% das organizações de governo estão trabalhando em atividades transformacionais”, finaliza Adeisa.
Com uma expectativa de movimentar cerca de 1 trilhão de dólares em nível mundial até 2023, segundo a empresa Research and Markets. De acordo com o estudo, a demanda de serviços como integração com low-code irá aumentar de maneira expressiva, mais que as próprias soluções atuais. As plataformas low-code permitem que sejam integrados diversos tipos de sistemas atuais de ERP, CRM, entre outras, ou construídas aplicações de processos, incluem funcionalidades diversas para processos internos, clientes e podem utilizar-se de linguagens de programação sem que seja necessária a utilização de desenvolvimento tradicional de desenvolvimento de códigos.
Outra tendência que também chega ao governo é a hiperautomação, uma vez que o setor público necessita de serviços conectados e contínuos, permitindo acesso constante. “Um dos desafios principais de sistemas digitais é a adaptabilidade de sistemas, processos e pessoas, que não servem para um caso de uso predeterminado, ou seja, é necessária a customização do que já foi desenvolvido”, menciona Rodrigo Soares, Arquiteto Senior de Soluções da OutSystems para América Latina. Ainda de acordo com o estudo do Gartner, até 2024, mais de 25% das RFPs (Request for Proposals – Solicitações de Proposta) em governo irão demandar arquitetura de soluções e licenciamento variável que suportem uma abordagem de design combinável “Essa necessidade é totalmente preenchida por plataforma low-code”, finaliza Rodrigo.
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