A indústria de alimentos e bebidas se destaca como um dos principais geradores de empregos do País. Dados apurados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) com base na última divulgação do Caged (Cadastro Geral de Admitidos e Desligados), do Ministério do Trabalho e Previdência Social, dão conta de que de janeiro a agosto de 2022, o setor criou 44,3 mil empregos de carteira assinada. Esse saldo está 30% acima dos 34 mil mil do mesmo período de 2021. Existem, atualmente, 1,76 milhão de pessoas ocupadas no setor dentro de um universo de 7,4 milhões de trabalhadores de toda a indústria de transformação, ou seja, 24% do total.
Considerando todos os setores da economia, houve retração de 15% no mesmo período (2,17 milhões ante 1,84 milhão). Apenas na indústria de transformação – segmento que realiza a transformação de matéria-prima em um produto final ou intermediário –, da qual o segmento alimentício faz parte, o saldo de janeiro a agosto de 2022 foi de 288,2 mil empregos, 33% menos que o aferido no mesmo período do ano passado.
“Os bons números representam um importante fator de estímulo para o crescimento da economia brasileira, uma vez que para cada emprego direto gerado pelo setor outros quatro são abertos, em média, na cadeia dos alimentos”, explica o presidente executivo da ABIA, João Dornellas.
Se no segundo semestre deste ano for mantido o cenário de crescimento da produção e das vendas reais do primeiro semestre, de 2,6% – compatível com a projeção atual para o crescimento do PIB, de 2% -, abre-se espaço para uma nova expansão no emprego ao final de 2022.
Perfil do trabalhador
O Perfil Setorial da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que 61% dos empregos formais da indústria de alimentos estão nas grandes empresas. As médias contam com 19%, as pequenas, com 14%, e as micro, com 6%. Os dados foram obtidos junto à última Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), de 2020. O setor, representado pela ABIA, tem 37,2 mil empresas.
Com relação ao nível de escolaridade, a mesma pesquisa aponta que os trabalhadores com ensino médio completo representavam a maior porcentagem dos ocupados em 2020: quase 50% do total. Em seguida vêm aqueles com ensino fundamental completo, 21%. Os que têm ensino superior completo representam 8% do total.
Saldo de empregos – Jul 22 x Ago 22
Dados do Caged divulgados na última quarta (28/9) apontam que, de julho a agosto, a indústria de alimentos e bebidas gerou 67% mais empregos de carteira assinada, passando de 11,2 mil para 18,7 mil. A indústria de transformação como um todo também teve saldo positivo: foram 48,9 mil empregos em agosto, ante 46,3 mil julho, quase 6% a mais.
Website: http://www.abia.org.br