A queda de uma caixa d’água em um condomínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), no dia 15 de junho, deixou uma mulher ferida e levou a Defesa Civil a interditar o prédio atingido. A comerciante Daniele Santos de Freitas, que foi atingida por escombros na perna, foi atendida no local logo depois que o reservatório cedeu, arrancando partes da lateral do edifício de cinco andares.
Inaugurado em 2014, o Condomínio Leme II está situado no bairro Santa Cruz e faz parte do programa “Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal. Em nota, a Caixa Econômica Federal afirmou que entrou em contato com a Direcional Engenharia, construtora responsável pela obra, logo que foi informada do acidente.
A construtora informou que a caixa d’água foi fabricada por uma empresa terceirizada e que deve passar por uma perícia técnica para identificar o que causou o problema. Em entrevista publicada pelo G1, a vítima reclamou da falta de manutenção do condomínio, que apresenta diversas rachaduras: “Quando lava em cima, molha embaixo”, disse Freitas.
Questionado sobre o que pode ter contribuído para que a caixa d’ água do Condomínio Leme II tombasse, Leo Caprara, fundador da GLDS Geofones Digitais, conta que apenas uma perícia poderá dar respostas às diversas dúvidas que um acidente como esse gera.
Apesar disso, segundo o empresário, em geral, as anomalias mais comuns para esse tipo de situação estão relacionadas com falha de projeto e erro na fabricação ou na montagem das estruturas. Além disso, o acidente pode estar relacionado com a falta de controle de qualidade ou manutenção adequada.
Como prevenir acidentes como esse?
De acordo com Caprara, um acidente como o que ocorreu no condomínio de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, pode gerar manifestações patológicas comuns, como corrosão, fissuras, trincas, rachaduras, vazamentos e infiltrações.
“É necessário manutenção para prevenir o desgaste, identificar vazamentos e infiltrações e manter tudo em pleno funcionamento, evitando o risco de acidentes graves como esse. Querendo ou não, a manutenção envolve a vida de muita gente”, afirma.
Segundo o fundador da GLDS Geofones Digitais, é necessário prestar atenção a vazamentos e infiltrações ocultos, pois esses podem provocar oxidação das armaduras, desplacamento de revestimentos, trincas, rachaduras, danos estéticos como manchas, mofos, bolores e goteiras.
“E, pior do que isso, vazamentos e infiltrações ocultos podem provocar crateras por baixo da edificação, resultando até mesmo em desabamentos”, acrescenta o especialista.
Detecção de vazamentos exige profissionais e equipamentos especializados
Adão Lisboa Gonçalves, diretor-executivo do Clube do Vazamento – portal que reúne profissionais especializados em pesquisa e detecção eletrônica de vazamentos por métodos não destrutivos -, conta que o profissional chamado de “caça-vazamento” é o agente habilitado para realizar a pesquisa, detecção e localização de vazamentos de água.
“O Clube do Vazamento promove e incentiva cursos para o profissional habilitado para esse tipo de serviço, que é mais conhecido como caça vazamentos por métodos não destrutivos. O conhecimento de hidráulica e a consequente capacitação para atuar na identificação e correção de problemas de vazamentos e infiltrações pode ser de grande valia para que tais situações sejam solucionadas de forma eficaz”, explica.
Segundo Gonçalves, os profissionais especializados utilizam equipamentos como Geofones Digitais GLDS, Manômetros, Câmaras Termográficas Flir e Medidores de Umidade. “O uso dos equipamentos certos é essencial para identificar o problema no ponto exato e evitar o quebra-quebra e a sujeira, além de possíveis danos ao ambiente e, principalmente, à vida”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://vazamento.club/
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