No Rio de Janeiro, estão abertas as inscrições para a 8ª edição do projeto “Mulheres à Obra”. Este ano, a iniciativa do Palácio da Ferramenta oferece 40 vagas para o curso que deve ocorrer de forma presencial e que, desde 2017, se propõe a ensinar as mulheres a utilizarem ferramentas elétricas e fazerem reparos domésticos, além de formar profissionais e estimular o empreendedorismo feminino.
Segundo a organização, o projeto já capacitou mais de 1000 mulheres. Na edição de 2022, o foco será para Encanamento e Tubulações, na área de hidráulica, em formações que passaram de 5 para 6 aulas e que vão do dia 12 de março a 16 de abril.
Na visão de Léo Caprara, fundador da GLDS Geofones Digitais e Caça Vazamentos, site especializado no serviço de detecção e correção de vazamentos em residências, o curso expõe uma verdade: seja na construção civil, forças armadas, elétrica e hidráulica e, até mesmo, em profissões que demandam força física, as mulheres estão se inserindo em todos os mercados.
Caprara (mentor e instrutor de cursos de treinamento e desenvolvimento para empreendedores, inovadores e makers) afirma que, atuando como profissionais ou empreendedoras, foi-se o tempo em que o mercado era algo exclusivo para os homens. “Cada vez mais, as mulheres têm mostrado sua extrema competência no mundo dos negócios, e têm conquistado espaços que, antes, eram reservados ao público masculino”.
Mulheres no empreendedorismo
De acordo com pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, o Brasil é o sétimo país do mundo com o maior número de empreendedoras sem importar o nicho de atividade, seja no ramo de caça vazamentos ou construção civil. Dos mais de 52 milhões de empreendedores no país, ao menos 30 milhões são mulheres, algo em torno dos 48%.
Nesse sentido, o empresário destaca a importância de ações que fomentem o empreendedorismo feminino em áreas, até então, exploradas apenas por homens. “Via de regra, o desejo das mulheres empreendedoras não é de competir com os homens, mas, sim, de conquistar seu próprio espaço. E isso se dá de forma contundente em áreas como elétrica e hidráulica, na qual se insere o serviço de caça vazamentos”, afirma Caprara. “Extremamente engajadas no planejamento e na busca por conhecimento, as mulheres estão, cada vez mais, colocando as mãos à obra”.
Mulheres exploram mercado de vazamentos hidráulicos
Em recente entrevista para o Sr. Adão Lisboa Gonçalves, Diretor Executivo do Clube do Vazamento, Eliane Aparecida Borges, antes comerciante, conta como se tornou geofonista. Empreendedora há mais de 20 anos no ramo varejista na cidade de Franca (SP), Borges se viu diante das incertezas causadas pela pandemia de Covid-19, no início de 2020. Com a queda no faturamento por conta da ordem de fechamento da maioria dos comércios, ela enxergou no mercado de caça a vazamentos uma nova oportunidade.
De forma similar, mais de 31% das pequenas e médias empresas mudaram de ramo ou foram obrigadas a se reinventar de alguma maneira ao longo da pandemia, como aponta levantamento realizado pelo Sebrae-SP. Na visão do Diretor Executivo do Clube do Vazamento, o fenômeno faz parte de um contexto em que os empreendedores se viram diante de uma necessidade extrema de sobreviver à crise econômica, vinda junto com a crise sanitária.
“Estudando novas possibilidades, em conjunto com seu marido, que já atuava no ramo hidráulico, a Eliane decidiu inovar oferecendo os serviços de caça vazamentos por métodos não destrutivos em sua região, sendo uma das primeiras mulheres no país a atuar neste segmento, majoritariamente masculino”, reporta Caprara. “Atitudes como a dela servem de exemplo e abrem uma nova oportunidade para todas as brasileiras”.
Para mais informações, basta acessar: https://vazamento.club/
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