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Maratona de tecnologia combate a violência doméstica

por admin

Uma em cada quatro mulheres foram vítimas de violência durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, segundo levantamento da ​​Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São 13,4 milhões de mulheres que sofreram algum tipo de violência nesse período, agravando um problema sério, ainda mais presente na pandemia, visto que agressor e vítimas estão restritos no mesmo ambiente com maior tempo de exposição.

De acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência de gênero é qualquer ato que possa resultar em danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos para mulheres. A OMS alerta para as consequências na saúde física, mental, sexual e reprodutiva da mulher, a curto e a longo prazo, para elas e seus filhos. Além de tudo, “o impacto em crianças que crescem em lares onde há violência é desenvolver uma série de transtornos comportamentais e emocionais, que podem ser associados à perpetração da violência ou sofrimento com atos violentos em fases posteriores da vida”, informa o portal da OMS

Com o objetivo de promover e incentivar a criação de soluções para esse grave problema social, a AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose e a CDD – Crônicos do Dia a Dia organizam, junto da InovAction by ABInova e Hub e Tech Produções, o evento Inovathon: Combate a Violência Doméstica 2021 – uma maratona de inovação com a duração de um final de semana, totalmente online e gratuito, nos dias 3, 4 e 5 de dezembro.

“Nosso trabalho na AME e CDD é pautado em debater e atuar no setor da saúde, e uma das nossas bandeiras é a Saúde da Mulher. É muito importante destacarmos os problemas estruturais que compõem a realidade de ser uma mulher no Brasil, e analisar e propor soluções para um tema tão urgente como a violência doméstica faz parte da nossa missão”, observa Bruna Rocha, gerente geral da AME e CDD.

De acordo com Daniel Takaki, idealizador e diretor da InovAction, o Inovathon é focado na inovação e não somente na tecnologia, pois o conceito buscado está ligado à criatividade e visão de novas propostas de valor para produtos que já existem. “O evento tem a característica de abrir a porta para uma pessoa que tenha uma boa ideia e não sabe como transformá-la em um negócio. O apoio das pessoas mentoras com conhecimentos especializados em diversas áreas como saúde, assistência social, psicólogos, empreendedores, entre outros, amplia a pluralidade de visões e apoia as construções dessas ideias. Toda a estrutura é pensada para tirar dúvidas e suprir as necessidades das pessoas participantes. Nem sempre uma ideia se torna um projeto, mas essa não é a discussão. O importante é que aprendemos uma metodologia muito importante sobre validação de negócio, para criar efetivamente propostas mais propositivas e talvez aplicáveis em um tempo relativamente curto”, explica Daniel.

Com duração de 52 horas, participantes de diversas áreas construirão juntos caminhos para combater esse tipo de violência, por meio de soluções inovadoras e criativas. As atividades serão on-line, e todas as plataformas que serão usadas trazem a proposta de responsividade, o que permite uso de celulares, tablets, notebooks e computadores com acesso à internet.

O termo usado anteriormente para esse tipo de evento era “Hackaton” e, há cerca de dois anos, foi trocado para “Inovathon“. Além de destacar o aspecto da inovação do evento, também trouxe efeitos positivos na participação mais inclusiva do público, explicando a proposta com mais facilidade e atraindo pessoas diversas. “O mercado de TI é predominantemente composto por homens, um ambiente machista, e a ideia do Inovathon é trazer pluralidade dentro dessa discussão, com pessoas de diversas áreas. Desde a mudança do nome, a participação de meninas e mulheres cresceu consideravelmente, assim como de negros e pardos”, conta Daniel Takaki. Desde a edição anterior, realizada em 2020, dos 200 inscritos, 62% eram mulheres e 10% pessoas LGBTQIA+. A organização do evento também segue a lógica da pluralidade, buscando uma maior conexão com o público, com 50% do corpo de mentores e palestrantes composto por mulheres. “Isso mostra que as mulheres querem e devem participar dessa discussão, e que estamos cada vez mais criando um ambiente seguro, saudável e oportuno para as pessoas, em suas pluralidades, participarem”, completa o diretor da InovAction.

Os temas que nortearão os desafios dessa edição serão “Prevenção: Cuidar e Educar”, baseada na busca por soluções que visam educar para que as situações de violência sejam minimizadas ou totalmente banidas da sociedade; “Emergencial: Proteger e Defender”, com soluções que ajudem a(s) vítima(s) a saírem de uma situação de agressão e protegem esse momento tão crítico de risco à vida e a integridade humana; e “Suporte: Apoiar e Reorganizar”, para soluções que sirvam à reintegração social da(s) vítima(s).

“A gente esquece de dar rosto para os números. Eu sempre falo para os homens pensarem em 5 mulheres que eles conhecem, e que pelo menos uma delas já sofreu algum tipo de violência. Isso é duro, às vezes esse tipo de abuso é cometido dentro da nossa própria casa, por nós mesmos, sem perceber. Por isso precisamos olhar para essa questão”, comenta Takaki.

As inscrições para participar são gratuitas e abertas para todos os públicos, incentivando a diversidade: desenvolvedoras/es, designers, UX/UI, profissionais das áreas de humanas ou exatas ou biológicas, estudantes, docentes, empreendedores, entre outras especialidades e perfis que tenham vontade ou ideias para construir soluções para combater a violência doméstica por meio da tecnologia. As inscrições são limitadas a 200 participantes e estão abertas de 16 de novembro até 01 de dezembro de 2021, pelo link: https://bit.ly/inovathonviolenciadomestica2021

Website: https://bit.ly/inovathonviolenciadomestica2021

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