Trazendo o autocuidado como uma questão cada vez mais relevante no dia a dia em tempos de pandemia de Covid-19, é cada vez maior o número de brasileiros que têm buscado cuidados com a saúde na rede privada. De acordo com a Pesquisa IPC Maps, realizada com base em dados oficiais, o setor de saúde deve movimentar R$ 313,9 bilhões em todo o país até o final do ano, um acréscimo de 13,8% em relação a 2020 e de 21,8% em comparação a 2019.
Dentro deste panorama, é relevante, também, a busca por terapias alternativas. Segundo a pesquisa “PICCovid – Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19”, divulgada em julho deste ano, mais da metade (61,7%) da população brasileira buscou terapias alternativas ao longo da crise sanitária, conforme pesquisadores do ObservaPICS (Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde) da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do ICICT (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde) e da FMP/Unifase (Faculdade de Medicina de Petrópolis), no Rio de Janeiro.
De acordo com o balanço, 81% dos entrevistados buscaram as Pics (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde) em busca de bem-estar. Além disso, 15% utilizaram as práticas como aliadas da medicina tradicional no tratamento de dores na coluna, entre outras doenças crônicas, e 25% participaram de quatro modalidades ou mais.
Institucionalizadas por meio da PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS), as Pics estão disponíveis em unidades de saúde de todo o país, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A médica responsável pela área técnica da QuantumLife – clínica que atua com tratamentos ortomoleculares e de ozonioterapia – , Dra. Letícia Fontes, explica que a busca pelas práticas integrativas é tamanha que, para além do SUS, cresceu a adesão da modalidade em clínicas particulares.
O que explica a maior adesão às PICs nas clínicas particulares?
Segundo a Saps (Secretaria de Atenção Primária à Saúde), do Ministério da Saúde, entre as práticas integrativas, destacam-se acupuntura, arteterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, homeopatia, fitoterapia, medicina tradicional chinesa, meditação, musicoterapia, quiropraxia, reiki, ozonioterapia e yoga, entre outras.
Fontes destaca que a informação está cada vez mais disponível para as pessoas, que buscam por práticas integrativas em clínicas particulares visando um tratamento ágil e eficaz. “Dessa forma, muitos conseguem entender e participar de forma muito mais ativa do cuidado com sua saúde”.
Em tempo, 53% dos brasileiros recorrem a ferramentas de busca, como o Google, para buscar informações sobre saúde, 34% assistem vídeos na internet e 9% vão às redes sociais digitais de médicos e artistas que falam sobre o tema, conforme uma pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Gillette.
A especialista complementa que, de olho na demanda dos brasileiros que estão a cada dia mais informados e preocupados com a própria saúde, as clínicas particulares têm investido nas práticas integrativas. “Modalidades que caíram no gosto dos pacientes que entendem que o futuro da saúde é a prevenção, o bem-estar, o cuidar do organismo e não da doença com uma lista enorme de medicamentos que, muitas vezes, só remediam o problema”.
Para concluir, Fontes afirma que é preciso cautela, pois as práticas complementares não substituem a medicina tradicional e não excluem outros tipos de tratamento. “Elas entram pra somar, com uma abordagem mais integrada”, finaliza.
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