A pandemia da Covid-19 impactou profundamente toda a cadeia produtiva dos mais diferentes segmentos. Com o fechamento temporário e indeterminado de negócios presenciais considerados não essenciais, como o setor de joias e semijoias, muitas vezes em momentos diferentes conforme a cidade ou estado do país, a saída, tanto para empresas quanto para compradores e consumidores, foi migrar para o comércio digital e novos modelos comerciais. Em 2020, o comércio eletrônico no Brasil cresceu 41%. Só no estado de São Paulo, as vendas pela internet aumentaram 27% em relação a 2019, de acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
Entre as pequenas empresas, 31% precisaram mudar sua forma de funcionamento já no início da pandemia, sendo que 41% delas concentraram suas entregas exclusivamente no atendimento online, segundo o Sebrae, que também aponta que a cooperação entre as empresas tem se destacado como estratégia para fortalecer suas atividades e competitividade. Considerando esses dados, aglomerados empresariais, como os Arranjos Produtivos Locais (APLs), podem se beneficiar de novos modelos de negócios, que privilegiem o ambiente digital e ofereçam a possibilidade de escalar transações com fluidez, permitindo tanto a adequação para o atendimento online quanto o acompanhamento do crescimento deste tipo de comércio.
Para Marcelo Prada, diretor executivo da PICTAN, plataforma digital de negociação que conecta a cadeia de fabricantes e revendedores de semijoias, esse modelo de negócio que permite interação entre fabricantes, comerciantes, lojistas, fornecedores e prestadores de serviços, busca ser o ponto de conexão e apoio da cadeia produtiva de diversos segmentos, através do qual os compradores podem buscar preço e qualidade de forma ágil e segura.
Prada explica que as plataformas digitais são um modelo de negócio capaz de acelerar conexões e vendas online em APLs. “É inovador, pois, com as transações B2B facilitadas e a cadeia de suprimentos organizada e digitalmente apoiada, resolvemos um grande desafio, que é o conflito de canal quando empresas e fabricantes lançam plataformas de comércio digital que vendem diretamente aos clientes finais.” Ele afirma que esse modelo ainda contribui para que concorrentes se transformem em parceiros de negócios que, juntos, se tornam capazes de escalar suas vendas com fluidez, além de ampliar o alcance de seus mercados. “Estamos trabalhando para que, nos próximos 60 dias, possamos apoiar empresas de semijoias a exportarem seus produtos para todo o mundo”, revela o diretor da PICTAN.
A expectativa em relação à exportação está grande entre as empresas que usam a plataforma digital, que citam como principais vantagens já percebidas no dia a dia a maior visibilidade da marca e dos produtos e serviços comercializados, o acesso a uma ampla carteira de clientes, os ganhos em inovação para os negócios e, com tudo isso, a oportunidade de ampliar o faturamento.
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