A fotografia de alimentos literalmente nos dá a sensação de poder comer com os olhos
Especialistas do ‘I Hate Flash’ dão dicas para quem quer acertar os cliques na hora de fotografar belos pratos e ingredientes que despertam a vontade de comer com os olhos
“Ter imagens incríveis de alimentos não é só sobre deixar os produtos desejáveis, mas também conduzir a experiências das pessoas com o produto”, explica Leonardo Andrade, diretor de projetos especiais do ‘I Hate Flash’. Alex Woloch que o diga. O especialista em fotografia gastronômica sabe bem que o foco nos detalhes pode transformar as imagens e revela algumas dicas para que deseja se aventurar nessa área. Mas antes, ele adianta: “Vá alimentado para o trabalho ou leve um lanchinho para não ter que só comer com os olhos.
Nem sempre dá tempo de comer durante a correria”.
Referência em fotografia
O coletivo ‘I Hate Flash’ é referência no mercado audiovisual, com mais de dez anos de experiência em produções tanto para grandes festivais de música, como Rock in Rio e Lollapalooza, quanto para marcas internacionais como Cola-Cola, Next, Amazon, entre outras. Ao longo dos anos, novos formatos de conteúdo e plataformas surgiram e, consequentemente, o trabalho da equipe acompanhou todas mudanças e inovações. Entre elas, está a fotografia de produtos e alimentos. O que antes era mais tradicional, passou a ter novos formatos, cores e até narrativas. Confira alguns segredos usados pelos especialistas na hora dos cliques:
Equipamento:
Se for possível investir em equipamentos, uma boa lente macro é a 105mm f2.8 e uma super versátil é a 50mm f1.4. Os flashes com difusores também são boas pedidas, mas se não for possível a luz natural sempre funciona muito bem. Nesse caso, ter um tripé dá mais possibilidades na hora dos cliques.
Produção do alimento para dar a sensação de comer com os olhos
Na hora de montar os pratos é importante valorizar todas camadas e elementos presentes. No caso de um hamburguer, por exemplo, é legal usar uma pistola de ar quente para derreter o queijo, já que com o equipamento dá para ter mais controle do quanto quer derretê-lo sem queimá-lo. Um pincel e azeite também podem fazer mágica e dar mais vida a produtos como proteínas e saladas. Vale lembrar também que no caso das proteínas é melhor apenas selar do invés de cozinhar, porque com o tempo ela pode desidratar e perder a estética.
Produção de drinks:
Para fotografar drinks e bebidas com aspecto de frias é importante deixá-los em temperatura ambiente e usar gelo falso para dar ideia de um produto supergelado. Passar verniz fosco no recipiente e borrifar água ajuda a proporcionar o efeito. Já as bebidas quentes, é legal fotografar da maneira que são servidas.
Produção artística:
Comece usando o que tem em casa, como pratos, tábuas, toalhas de mesa e objetos de decoração que tenham a ver com o gosto do cliente. Depois de um tempo no meio, o acervo pessoal acaba se tornando enorme. Utilizar sobreposições de objetos com tecidos sempre dá um efeito interessante.
Fotografia e edição:
Humanizar fotos com, por exemplo, o líquido caindo dentro do copo, acaba resultando em algo mais bonito. Vale priorizar planos normais, plongée e zenital. Na hora da edição é importante focar em um estilo e repetir em todas as fotos do job, sempre tentando manter as cores bem próximo do que são naturalmente.