Home Ciência & Saúde Após um ano de regulamentação, telemedicina se consolida como opção de acompanhamento médico integral

Após um ano de regulamentação, telemedicina se consolida como opção de acompanhamento médico integral

por admin

Em meio à pandemia de coronavírus, o Conselho Federal de Medicina autorizou a realização de consultas médicas à distância. O assunto já vinha sendo abordado e havia um protocolo permitindo algum tipo de atendimento virtual, mas com o avanço da Covid-19, a teleconsulta se tornou a única forma possível para que muitas pessoas fizessem acompanhamento de problemas crônicos sem se exporem aos riscos do atendimento presencial.

“Além do medo de ir a uma clínica ou hospital para consultas de rotina e de se expor à contaminação, há os casos mais graves, que são os das pessoas que precisam fazer o acompanhamento de doenças crônicas, com idas frequentes ao médico e, portanto, com maior risco. A telemedicina resolve esses problemas”, explica o médico ginecologista e CEO do EuSaúde, Ricardo Cabral. A empresa é uma healthtech que existe há sete anos e vinha observando um crescimento de cerca de 30% ao ano na procura pelo atendimento a distância, mas, no ano passado, o CEO viu sua demanda crescer em 1.000%.

Para o médico, no entanto, o grande diferencial da telemedicina é poder levar para o conforto da casa do paciente uma mudança de paradigma no atendimento. “Por alguns anos, em um passado recente, a medicina focou no especialista. A pessoa sente uma dor nas costas, por exemplo, e procura um ortopedista. Mas, às vezes, a dor nas costas é consequência de outro problema e precisa de um médico que olhe para ela de forma integral. No EuSaúde, durante toda a trajetória, os pacientes são acompanhados por um Médico de Família e Comunidade, que é o responsável pelo plano terapêutico e pelo atendimento integral”, explica Ricardo Cabral.

Outro diferencial é a possiblidade de ter atendimento médico virtual 24 horas por dia, sete dias por semana. “Se você se sentir mal às 3h da manhã, você entra em contato e um profissional de saúde, que tem acesso ao seu histórico médico e ao seu prontuário, vai te atender. Esse médico já sabe se você tem alguma doença preexistente, algum problema crônico de saúde e vai te orientar de maneira muito mais assertiva, rápida e, novamente, no conforto da sua casa”, explica o médico de Família e Comunidade do EuSaúde, Fillipe Loures.

O objetivo da plataforma é usar a telemedicina para levar a atenção primária à saúde para a população a um custo acessível. A atenção primária é uma forma de organizar o atendimento do paciente que coordena todo o cuidado médico, atua na prevenção de doenças e também realiza o acompanhamento em caso de situações agudas e de problemas crônicos. “A atenção primária é o modelo de cuidados que tem sido adotado em vários lugares do mundo como alternativa à metodologia mais prevalente, que é fragmentada. Na atenção primária, há um atendimento longitudinal e integrado, ou seja, o paciente é visto no seu inteiro e ao longo do tempo. É ’ter um médico para chamar de seu’. Essa forma é muito mais barata e resolutiva. Posso falar, sem medo de errar, que o atendimento primário é capaz de resolver 80% dos problemas médicos dos pacientes. O foco do cuidado é nas pessoas, não nas doenças”, explica Fillipe Loures.

Além disso, há uma redução de custos com a saúde. No caso do EuSaúde, o método de atendimento contribui para isso. “Nós aliamos a tecnologia da telemedicina aos protocolos de atendimento baseados na atenção primária à saúde. Com isso, temos uma redução significativa no custo de atendimento e essa redução é percebida pelo consumidor final, que, além de pagar menos, tem mais qualidade no cuidado com a saúde”, explica Ricardo Cabral. Ele completa: “não tenho dúvida de que a telemedicina é uma realidade consolidada. Estamos há sete anos neste mercado e estamos preparados. Hoje, temos uma rede de atendimento que realiza 6 mil atendimentos por dia e gerencia mais de 3 milhões de vidas”.

O próximo passo da empresa é oferecer atendimentos em cabines tecnológicas em diversos pontos de interesse público, como farmácias, postos de gasolina, estações de transporte, entre outros. “Você poderá ir à cabine, realizar uma consulta pagando apenas por aquele atendimento, já sair com a receita médica e providenciar a medicação, se for o caso”, antecipa Ricardo. O projeto das cabines de saúde está na fase final de amadurecimento e já está disponível em algumas empresas.

Website: http://www.eusaude.com.br

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