São Paulo se mantém como o epicentro da doença no Brasil concentrando o maior número de falecimentos. Até ontem foram 2.852 mortes.
São Paulo abre 400 sepulturas extras por dia no cemitério da Vila Formosa para atender a demanda de mortes provocadas pelo coronavírus. A expansão do cemitério é uma das medidas do plano de contingência funerária anunciada esta semana pelo prefeito Bruno Covas.
Antes da pandemia, a média diária de covas abertas era de 50, depois aumentou para 100 e agora serão 400, segundo dados do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. Para dar conta de demanda foram contratados 220 coveiros e esse número pode dobrar caso seja necessário. Os enterros poderão durar até uma hora, porém terão limitação da entrada de 10 pessoas.
De acordo o diretor do Sindicato do Servidores Públicos Municipais (Sindsep), Manoel Noberto, que também é sepultador no cemitério da Vila Formosa, treze máquinas retroescavadeiras foram empregadas na abertura das sepulturas. Segundo ele, a área onde as covas foram abertas, estava desativada há 30 anos.
Cemitérios particulares como Colina dos Ipês já apresentam condições de sepultar até mil vítimas da Covid-19 em 90 dias, três vezes mais que seu movimento normal. Localizado em Suzano, na Zona Metropolitana de São Paulo, o Colina trabalha com um modelo construtivo que protege o meio ambiente de danos colaterais. O cemitério não escava o solo para a construção de jazigos, evitando a contaminação do solo e de lençóis freáticos da região. Além disso, a área comercial do local opera totalmente no ambiente digital, por meio de um aplicativo, eliminando toda a papelada usualmente envolvida no trâmite fúnebre. O Colina dos Ipês tem sete mil túmulos construídos e capacidade para mais 22 mil – e os enterros são realizados sempre em respeito aos mortos e ao meio ambiente.