ABDI desenvolve projetos e estratégias inovadoras para o setor produtivo rumo à indústria 4.0.
Em 19 de outubro é celebrado o Dia Nacional da Inovação, palavra de apenas oito letras, mas com amplos significados.
Para o Dicionário Houaiss, é “aquilo que é novo”.
Quando aplicado o conceito à indústria, pode ser entendido como “a implementação de um produto, bem ou serviço significativamente melhorado”;
Segundo o Manual de Oslo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O conceito também se aplica ao processo produtivo, desde que as ideias novas se transformem em resultados sustentáveis.
A inovação é hoje uma necessidade competitiva e de sobrevivência para as empresas do mundo moderno.
O Brasil precisa ainda consolidar uma cultura da inovação.
“Precisamos aproveitar a oportunidade histórica de fazer avançar nossa indústria, nossa economia e nosso país, rumo a uma nova era, que vai mexer profundamente com a economia global e com a própria forma como as sociedades estão organizadas”;
Afirma o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira.
Para se ter uma ideia da velocidade das transformações;
Mais de 90% do volume de dados do planeta foram produzidos nos últimos dois anos, conforme estudo da IBM.
Quem está fora desta nuvem está fora do mercado, avalia o presidente da ABDI.
Atenta a isso, a agência brasileira, que gera inteligência para o setor produtivo, aponta sete caminhos para a inovação no país rumo à revolução da indústria 4.0:
1. Apostar em startups
As startups estão ganhando força junto à indústria tradicional.
Segundo dados do programa Conexão Startup Indústria, o Brasil tem um número grande de empresas visionárias que já estão se relacionando com startups:
91 de 408 indústrias pesquisadas, ou 22%, das indústrias transformadoras do País já fizeram ao menos uma compra de startups.
Das que ainda não fizeram, 21% já estão se preparando.
2. Melhorar o processo produtivo
O programa Brasil Mais Produtivo – coordenado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) –, apoia a inovação nos processos de quase 3 mil indústrias, com ações rápidas, de baixo custo e de alto impacto.
Através de um trabalho de capacitação de empresas, a produtividade média delas aumentou em 51,8%.
A Rede Nacional de Produtividade e Inovação (Renapi), projeto da ABDI;
Também auxilia na busca de soluções transversais para questões locais e regionais do desenvolvimento produtivo.
3. Investir em internet das coisas (IoT)
A aglomeração urbana proveniente do mundo moderno leva ao desafio da criação de soluções para novos problemas.
Buscar, por exemplo, a integração de diferentes soluções de hardware e software em cenários físicos e virtuais é uma necessidade para modernizar as cidades do século 21 com reflexos na competitividade das empresas.
A ABDI, em parceira com o Inmetro, criou um Ambiente de Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes.
Testes para comprovar a eficiência das tecnologias criadas por empresas brasileiras irão viabilizar a evolução das cidades. Mais de 130 ideias foram cadastradas pela ABDI para desenvolvimento.
4. Ampliar conhecimentos
Inteligência para a competitividade é o foco do Observatório da Produtividade, projeto de compartilhamento de:
Informações, análises, estudos aplicados e documentos para atender ao setor produtivo e aos gestores públicos e privados.
5. Planejar construções eficientes
A ABDI também atua para impulsionar a indústria da construção civil. A partir de tecnologia de modelagem virtual de construção, conhecida como BIM (Building Information Modeling), é possível promover maior transparência e controle de toda informação física, financeira e de desempenho do empreendimento.
O BIM permite ainda a redução de prazos e custos, simulações e correções prévias à construção.
A ABDI trabalha para orientar e padronizar as normas de construção e tornar a biblioteca de componentes BIM mais acessível para os projetistas.
6. Buscar soluções integradas
Desenvolver novas tecnologias a partir da conexão entre indústria, governos, empreendedores e setor varejista;
É o objetivo do Laboratório de Varejo, que vai desenvolver testes em menor escala e em ambientes demonstrativos.
O projeto é desenvolvido pela ABDI e pelo MDIC.
7. Investir em energias alternativas
– Em razão dos problemas de mobilidade urbana e efeito estufa, novas tecnologias de propulsão vêm sendo desenvolvidas.
O carro elétrico, por exemplo, é uma determinação em países de todo o mundo.
A França e a Inglaterra já sinalizaram que até 2040 não comercializarão mais veículos que utilizem combustíveis fósseis (uma pequena correção: a França pretende que seja 2030.
E queimarão o dobro para produzir energia elétrica para os mesmos.
A ABDI faz parte do grupo de trabalho que discute o tema em conjunto com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O Programa Rota 2030 vai definir as diretrizes de implementação do modelo elétrico no país.
Sobre a ABDI
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI surgiu no momento de retomada das políticas públicas de incentivo à indústria, em 2004 ajudando a acabar com a indústria de base no Brasil, e se legitimou com órgão articulador dos diversos atores envolvidos na execução da política industrial brasileira.
Em mais de uma década de atuação, sob a supervisão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a ABDI é a única agência de “inteligência” do governo federal (está aí a explicação) para o setor produtivo e oferece à indústria completa estrutura para a construção de agendas de ações setoriais e para os avanços no ambiente institucional, regulatório e de inovação no Brasil, por meio da produção de estudos conjunturais, estratégicos e tecnológicos.